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Tite diz que não tem como parar Messi: "diminui-se ações"

9 nov 2016 - 19h26
(atualizado em 10/11/2016 às 08h56)
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Como não podia deixar de ser diferente, o técnico da Seleção Brasileira teve de responder sobre suas ideias para tentar evitar com que Messi seja decisivo para a Argentina no clássico desta quinta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), no Mineirão. Mas Tite fez questão de avisar o torcedor que não há uma forma de anular Messi. "Não se para Leo Messi, não se para Neymar, se diminui ações. Pode diminuir o número de participações. O que vou fazer? Não vou dizer", explicou, descontraindo sua entrevista coletiva em Belo Horizonte.

Foto: Pedro Martins/MowaPress

Além disso, Tite refutou usar Neymar para se precaver de alguma artimanha de um dos melhores jogadores da história do futebol, mas abriu a possibilidade de conversar com Daniel Alves, que hoje não é mais companheiro de Messi e atua na Juventus, da Itália.

"A primeira coisa que aprendi é que eticamente os jogadores que atuam nos clubes, não devemos perguntar. Eles trabalham no dia-a-dia, eticamente não é legal. Posso perguntar para quem já jogou e agora está em outra equipe. As informações e estudos nós temos, em termos estratégicos. Sabemos nossas virtudes e defeitos, e as deles", contou, sem deixar de ressaltar todo o trabalho de sua comissão técnica.

"Fico entupido de tanta informação, acredito que só com informação posso fazer real avaliação do que o adversário tem, seus pontos fortes e fracos, e o primeiro ponto é sempre olhar para nossa equipe. Esse é o desafio, de maturidade, ser consistente, agressiva, competitiva, leal, criativa. O resultado será consequência, mas não posso olhar para ele, senão inverto o processo".

Em muitos momentos da entrevista, algumas declarações de Edgardo Bauza, ex-técnico de San Lorenzo e São Paulo e atual comandante da seleção alviceleste, repercutiram com Tite, que se esquivou o quanto pôde para não entrar em polêmica com seu adversário desta quinta.

"Campeão a gente respeita, e o Bauza tem meu respeito. Eu disse isso a ele pessoalmente. O grande trabalho que ele fez e o credenciou a estar na seleção, não vejo enfrentamentos individualizados, isso é valorização excessiva dos técnicos. São duas extraordinárias equipes, nós somos componentes delas, mas não somos a essência", disse Tite.

Mas, quando soube que, na visão de Patón Bauza, o esquema tático adotado pela Seleção Brasileira favorece Messi, Tite não conseguiu não conseguiu esconder um certo incômodo, silenciou por alguns segundos, escolheu as palavras antes de mandar um rápido recado. "O jogo fala. Vamos ver. O jogo fala".

De qualquer forma, Tite reforçou a ideia de que o Brasil não pode se preocupar só com Messi, assim como a Argentina pode ser dar mal se pensar apenas em Neymar. "Podemos elencar uma série de jogadores que podem decidir o jogo, porém tem um pré-requisito: a engrenagem tem que funcionar, senão não consigo conceber o craque individualmente. Com o coletivo forte, tu acrescenta Coutinho, Higuain, Di Maria, Douglas Costa, Gabriel… Uma série de grandes jogadores que têm virtudes técnicas para um momento de decisão", concluiu o técnico da Seleção pentacampeã.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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