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Tite culpa imprensa por 'hiper-valorização' de técnicos

16 nov 2016 - 07h02
(atualizado às 10h20)
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Desde sua estreia como técnico da Seleção Brasileira, Tite vem recebendo elogios de todos os lados, internos e externos, e tem sido visto como o grande responsável pela reação da equipe canarinho, que deixou de se digladiar com os próprios torcedores e saiu de uma zona de perigo na tabela das Eliminatórias Sul-americanas para encerrar o ano na liderança, a um ponto de garantir vaga na Copa do Mundo de 2018, em paz com seus fás e com o recorde de João Saldanha, técnico da Seleção de 69, igualado depois de seus vitórias seguidas.

O problema é que Tite não quer ser taxado como o único grande 'culpado' por essa transformação e tem deixado esse incômodo claro a cada entrevista em que é abordado até com certa admiração pelos jornalistas. Após a vitória contra a Argentina, o treinador tentou dar um basta nessa situação, mas, nesta quarta, Tite repetiu a chamada e até criticou a postura de parte da imprensa e de alguns comentaristas depois de também superar o Peru, em Lima.

"Vocês são culpados por hiper-valorização de técnico. Vocês valorizam demais, vocês são os primeiros a fazer isso e depois vocês também criticam essa hiper-valorização. Nenhum técnico fica fazendo propaganda de si. Não quero ser porta-voz de técnico. Então, para quem está ouvindo, tem que saber que há muito trabalho coletivo muito forte", afirmou Tite, logo após a vitória do Brasil sobre o Peru, em Lima, no último compromisso da Seleção em 2016.

"Primeira coisa: Cleber Xavier, Sylvinho, Maurício, Fernando, Matheus, Fábio, Anderson Paixão, Taffarel. Obrigado por aturar um cara chato para caramba, que quer saber tudo toda hora. E eles estão sendo incansáveis no conhecimento", agradeceu o comandante do grupo canarinho, citando alguns membros de sua comissão técnica.

Com um pouco mais de calma e sem o semblante sisudo, Tite também reconheceu sua satisfação pelo trabalho e pelos resultados alcançados antes da virada do ano, já que a Seleção agora só volta a campo em março. Mesmo assim, ainda evitou revelar um sentimento de alívio depois de seis jogos e 100% de aproveitamento.

"Cara, não caiu a ficha ainda. Vai cair na sequência de todo o trabalho realizado, da mobilização muito grande. Uma das características que o Gareca (técnico do Peru) tem que ter, eu tenho que ter, é que somos muito expostos. E quero achar um meio-termo, que um técnico e o seu grupo de trabalho precisam saber dividir essas situações. Não sei se eu mereço isso (boa fase), mas estou muito feliz", concluiu.

Foto: Pedro Martins/MowaPress
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