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Árbitro da decisão da Libertadores tem Castrilli como "referência"

30 jun 2012 - 20h14
(atualizado às 20h29)
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O Boca Juniors deixou La Bombonera após o empate por 1 a 1 com o Corinthians na primeira partida da final da Copa Libertadores reclamando do árbitro chileno Enrique Osses, principalmente o meia Juan Román Riquelme, que o acusou de "se fazer de idiota". O responsável por apitar o jogo decisivo, quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Estádio do Pacaembu, será o colombiano Wilmar Roldán, que disse se espelhar em um velho conhecido das torcidas corintiana e xeneize: o argentino Javier Castrilli.

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Em entrevista publicada no jornal Olé, o colombiano Wilmar Roldán declarou que se inspirou no começo de carreira no árbitro argentino Javier Castrilli. Na segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista de 1998 entre Corinthians e Portuguesa, Castrilli foi convidado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para comandar o duelo. A partida terminou 2 a 2 e o clube alvinegro conquistou a classificação para a decisão.

E até hoje a Portuguesa acusa o argentino de beneficiar o Corinthians naquela partida. Castrilli marcou dois pênaltis para o clube de Parque São Jorge. No primeiro, Evair segurou Cris na área após cobrança de escanteio e a equipe rubro-verde reclamou por achar ser um lance corriqueiro de jogo. O último, ele apontou para a marca da cal após enxergar o zagueiro Cesar cortar um cruzamento com a mão, quando na verdade dominou com a barriga. Marcelinho e Rincón converteram as duas penalidades e garantiram o time alvinegro na final.

Sem saber da polêmica causada pelo árbitro no Brasil, o Olé publicou "A volta de Castrilli", repercutindo as declarações de Roldán de que o argentino foi uma "referência" no começo da carreira, assim como o italiano Pierluigi Colina e o compatriota Oscar Ruiz. O diário afirma que o estilo do colombiano é duro e que "assusta a muitos" pelo "estilo peculiar" de apitar.

Apesar de ter comandado dois jogos do Boca Juniors na Copa Libertadores, as vitórias por 3 a 2 sobre o Unión Española pela partida de voltas das oitavas de final em Santiago e 2 a 0 sobre a Universidad de Chile em La Bombonera, pela semifinal, Roldán pode assustar o "vestiário" do Boca Juniors, segundo o jornal. Mas tudo por conta da comparação com Castrilli.

E em muito por um duelo pelo Torneio Clausura do Campeonato Argentino de 1996. No dia 16 de junho daquele ano, o Vélez Sarsfield goleou o clube azul e dourado por 5 a 1 em duelo que Castrilli expulsou três atletas xeneizes, entre eles Diego Maradona. Além dos dois gols do goleiro paraguaio José Luis Chilavert e das expulsões, o jogo ficou marcado pela validação de um gol em que a bola não entrou e a reclamação de um pênalti marcado, parecido com o que o árbitro marcou no Corinthians x Portuguesa.

Outra partida que marcou o estilo rígido de Javier Castrilli no futebol argentino foi a goleada do Newell's Old Boys do técnico Marcelo Bielsa sobre o River Plate por 5 a 0 pelo Torneio Clausura do Campeonato Argentino de 1992, em pleno Monumental de Núñez. O árbitro expulsou três atletas em sequência (Acosta, Comizzo, Basualdo), por reclamação, quando os times empatavam sem gols.

No decorrer da partida que valia a liderança naquele 10 de maio, Higuain também recebeu cartão amarelo. E o time de Rosário foi campeão justamente por dois pontos - vitória começou a valer três pontos depois da Copa do Mundo de 1994 - sobre o Vélez Sarsfield e o Deportivo Español. Menos de um mês depois do duelo, o Newell's perdeu o título da Copa Libertadores para o São Paulo no Morumbi.

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Foto: AFP
Fonte: Terra
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