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Casagrande vê jogadores brasileiros descomprometidos com a sociedade

13 jul 2016 - 09h03
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Depois de ser um dos líderes, no início da década de 80, da Democracia Corinthiana, junto com Sócrates, Wladimir e Zenon, Casagrande vê os jogadores de futebol hoje alienados à sociedade. "O jogador de futebol devia ter uma voz muito ativa", apontou.

Durante os dois anos que durou o movimento de contestação à Ditadura Militar, todas as decisões dentro do Corinthians eram tomadas a partir do voto igualitário dos membros do clube. A Democracia Corinthiana tomou tamanha proporção que exerceu um importante papel nas Diretas Já! - movimento civil que reivindicava as eleições presidenciais diretas no Brasil.

"Não foi só a Democracia Corinthiana que tinha voz, o Flamengo tinha, o Atlético Mineiro. Muitos jogadores espalhados pelo país se manifestavam. Nós tínhamos um movimento, mas se lutava pela democracia em todos os lugares. Hoje, o jogador de futebol perdeu isso", comentou Casagrande no lançamento do livro Sócrates & Casagrande - uma história de amor.

O ex-camisa 9 do Timão, no entanto, acredita que esse problema ocorre mais no Brasil do que nos outros países. Na última edição da Eurocopa, por exemplo, Casagrande afirmou ter acompanhado diversos exemplos de comprometimento, como a relação dos jogadores da seleção da Islândia com o povo do país. Eliminada nas quartas de final, os atletas islandeses foram recebidos por uma multidão na volta ao país.

Um dos principais casos, no entanto, foi o de Cristiano Ronaldo. Líder da seleção de Portugal, o camisa 7 se machucou no início da final contra a França. Emocionado, deixou o campo, mas ficou na beira do gramado orientando os seus companheiros.

"Cristiano Ronaldo teve muito comprometimento com Portugal. Acho que a Eurocopa deve ter mexido com os jogadores brasileiros. Eles vão perceber que não fazem nada daquilo que os atletas fizeram no torneio e, talvez, consigam ser mais comprometidos", concluiu Casagrande.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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