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Evo Morales diz que situação de corintianos presos foge de sua alçada

6 abr 2013 - 18h41
(atualizado às 20h05)
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<p>Evo Morales, com Marin e Del Nero, no intervalo de jogo da Sele&ccedil;&atilde;o</p>
Evo Morales, com Marin e Del Nero, no intervalo de jogo da Seleção
Foto: CBF / Divulgação

Em pronunciamento dado em rápida entrevista no intervalo entre Bolivia e Brasil, em Santa Cruz de la Sierra, neste sábado, o presidente boliviano Evo Morales foi questionado sobre a situação dos 12 brasileiros presos em Oruro, há mais de 40 dias em decorrência da morte do jovem Kevin Espada que foi atingido por um sinalizador atirado pela torcida corintiana, no duelo contra o San José, pela Copa Libertadores.

Morales mostrou compreensão, mas disse que intervir neste caso está distante de suas possibilidades. “Entendo a grande preocupação dos familiares, mas há poderes independentes. Isso está no Judiciário e o Executivo não tem essas atribuições”. E acrescentou: espero que a Justiça possa viabilizar o caso. Entendo a solidariedade de todos aos brasileiros, mas entendo também que esse tipo de atividade cabe ao Judiciário. Lamento muito tudo o que ocorreu em Oruro". 

O presidente boliviano ainda negou qualquer tipo de conversa com a presidente do Brasil a respeito da liberação dos 12 torcedores presos. "É difícil de nos comunicarmos. Mas a companheira Dilma (Rousseff) é muito respeitosa pela independência dos distintos órgãos". 

Durante a partida, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, entregou uma camisa da Seleção Brasileira de futebol ao presidente boliviano e disse ter certeza que ele irá cooperar no caso dos corintianos presos. 

Novo promotor boliviano não faz caso avançar

A situação dos brasileiros segue complicada. O promotor boliviano Alfredo Santos, novo encarregado do caso Kevin Espada, reluta em aceitar a confissão do adolescente que se apresentou em São Paulo como responsável por disparar o sinalizador que atingiu o garoto de 14 anos de forma fatal na partida entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores.

"Tenho conhecimento de que se está fazendo um processo no Brasil, mas ainda não conto com uma documentação legal disso. Estamos investigando com base nas leis bolivianas, porque o fato aconteceu em Oruro. Portanto, devemos investigar com base na nossa normativa legal", afirmou Santos à Gazeta Esportiva.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirmou que o advogado dos 12 corintianos presos em Oruro, na Bolívia, negocia com o governo do país vizinho a possibilidade de os torcedores cumprirem prisão domiciliar, no Brasil, enquanto aguardam julgamento. 

Patriota afirmou, ainda, que o silêncio do governo brasileiro sobre pontos do caso ajuda a resolver a situação dos 12 presos em solo boliviano. "Vale a pena dizer que a firmeza do governo brasileiro é a mais completa, não há afrouxamento. O que pode haver é uma certa reserva em afirmar publicamente certas coisas que são ditas por interlocutores porque isso em nada contribuiria para proteger os brasileiros ou para acelerar o desenlace que estamos desejando", afirmou o ministro durante audiência pública na Comissão de Assuntos Exteriores do Senado na manhã desta quinta-feira.

Fonte: Terra
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