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Sanchez nega que Arena seja "presente" e vê clube como vítima

23 out 2016 - 17h44
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Responsável direto do Corinthians na construção da Arena de Itaquera, Andrés Sanchez respondeu por meio de nota oficial a denúncia publicada pela Folha de São Paulo neste domingo em que Emílio Odebrecht, patriarca e presidente do conselho de administração da construtora, teria afirmado em deleção premiada à Polícia Federal que a obra custeada em cerca de R$ 1,2 bilhão foi um "presente" ao ex-presidente Lula.

Sanchez questionou a "suposta afirmação de Emílio Odebrecht" e lembrou que o clube assumiu uma dívida e tem feito esforços para quitar a obra. "Como alguém dá algo para outro alguém e depois exige pagamento por isso?", retrucou o ex-mandatário do Corinthians.

Por fim, Andrés Sanchez apontou o clube de Parque São Jorge como "vítima" de toda essa situação que tem sido investigada pela operação Lava Jato. "O Clube em qualquer caso é a vítima, o lesado, logo deve ser ressarcido", escreveu. "Este é o motivo da Auditoria Geral da Obra da Arena, a qual está sendo realizada de forma independente, envolvendo diversas áreas e, trazendo publicamente desde já, que a falta de entrega de documentos pela construtora ou Arena Fundo, está sendo interpretada como algo que merece maior aprofundamento ainda".

A obra do estádio corintiano, que foi realizada entre 2011 e 2014, foi conduzida por Emílio, Lula e o presidente alvinegro à época. O BNDES e títulos da Prefeitura de São Paulo ajudaram a financiar o projeto. Vale destacar que a partir de 2003, ano em que Lula iniciou seu primeiro mandato presidencial, a Odebrecht viu seu faturamento aumentar de maneira considerável: do período, até 2015, o crescimento da receita do grupo foi de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões.

Leia a nota oficial de Andrés Sanchez na íntegra:

"Quanto à matéria da Folha de SP de 23/10/16, sobre suposta afirmação de Emilio Odebrecht, publicada como destacada manchete afirmando que o estádio do Corinthians foi um presente para o ex presidente Lula, constato que da leitura de tal notícia em momento algum se desprende tal afirmação já que o próprio texto deixa claro os esforços que o clube realiza para fazer frente ao pagamento.

Alguém, por mais mal informado que seja, afirmar que o estádio foi um presente para quem quer que seja, quando a Arena Corinthians custou R$ 985 milhões mais juros do empréstimo, é no mínimo não ser razoável em sua forma de pensar.

Como alguém dá algo para outro alguém e depois exige pagamento por isso?

E mesmo não sabendo qual conotação desejou-se dar, faz-se necessário deixar claro que, através dos trabalhos que estão sendo realizados pela auditoria geral da obra, há objetivos bem definidos.

O Corinthians cobrará da Construtora Odebrecht tudo o que deve, seja pelo não executado, superfaturado, o que tiver de ser refeito ou o que mais for detectado em prejuízo à instituição Corinthians.

E ainda, quaisquer pessoas que participaram de atos que prejudicaram o Clube, também serão cobradas.

O Clube em qualquer caso é a vítima, o lesado, logo deve ser ressarcido.

Este é o motivo da Auditoria Geral da Obra da Arena, a qual está sendo realizada de forma independente, envolvendo diversas áreas e, trazendo publicamente desde já, que a falta de entrega de documentos pela construtora ou Arena Fundo, está sendo interpretada como algo que merece maior aprofundamento ainda.

O Corinthians e seu torcedor são maiores e mais importantes do que qualquer um de forma individual, seja ele quem for.

E toda a imprensa sabe que tenho assessor de imprensa e nem ele e nem eu fomos procurados, como a matéria afirma, para falar sobre este o assunto.

Durante a semana, quando retornei de Brasília, na quinta-feira, fui a diversos programas que estavam marcados e atendi todas as solicitações de entrevistas"

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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