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Sem Pato, Cristóvão volta a desejar a contratação de um centroavante
A incorporação de Alexandre Pato ao elenco do Corinthians havia servido para amenizar o desejo de Cristóvão Borges de ganhar o reforço de um centroavante. Com o atleta próximo de oficializar a sua transferência para o espanhol Villarreal, contudo, o técnico voltará a pedir a contratação à diretoria.
"Isso vai depender da situação futura do Pato", havia dito Cristóvão para a Rádio Jovem Pan, na segunda-feira. Horas depois, o clube aceitou a proposta de pouco menos de € 3 milhões (R$ 10,81 milhões) para vender os 60% dos direitos econômicos do atacante que lhe pertenciam e livrar-se do pagamento dos seus altos salários.
Cristóvão alimentou a expectativa de ter contado com Pato já na partida contra o Figueirense, no domingo, que terminou com empate por 1 a 1 em Itaquera. Na semana passada, o técnico alegou que o fato de o atacante ainda não se apresentar em perfeito estado físico adiara os seus planos.
No mesmo jogo, Cristóvão passou a contar com um novo centroavante - André, recuperado de uma cirurgia para correção de hérnia inguinal. Antes, o técnico havia apostado em Ángel Romero (contra o Atlético-MG), Luciano (diante de Santa Cruz, América-MG, Chapecoense e Flamengo) e Danilo (no clássico com o São Paulo) na função.
O centroavante idealizado por Cristóvão, no entanto, era Alexandre Pato, que não gosta de atuar como homem de referência. O atacante associou o bom momento que vivenciou quando estava emprestado ao São Paulo à mudança do seu posicionamento - atuava pelos lados do campo sob o comando do colombiano Juan Carlos Osorio.
Ter um novo centroavante para suprir a perda de Pato não é a única vontade de Cristóvão. O técnico não se satisfez com a elogiada estreia do prata da casa Léo Príncipe contra o Figueirense e ainda quer um lateral direito para a reserva de Fagner. A última investida do Corinthians foi em Eduardo, do Atlético-PR, que preferiu ir para o Bahia.
"Na lateral, sim, vamos precisar", avisou Cristóvão, que espera os retornos de Pedro Henrique e Vilson para mensurar a carência do Corinthians na zaga. "Tem essas coisas. Montando o time, às vezes não sabemos qual será a resposta. O Pedro deu uma resposta boa, sensacional, então não houve urgência. Continuaremos analisando. Acontecendo alguma boa situação, estamos no mercado."
A diretoria do Corinthians, entretanto, está no mercado sem muito entusiasmo. Endividado, o clube não fará grandes investimos para contentar Cristóvão Borges com reforços para o segundo turno do Campeonato Brasileiro.
Gazeta Esportiva
