Em fase inicial, trio do Paraná estuda criação de Liga

Mais uma vez, o trio de ferro de Curitiba está unido para atender seus respectivos interesses. Atlético-PR, Coritiba e Paraná, após a derrota da chapa de oposição nas eleições da Federação Paranaense de Futebol (FPF) para o atual presidente , Hélio Cury, vão conversar para ver a possibilidade de criar uma liga independente.

A revelação foi feita no final da última semana pelo presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia. A medida ainda passa pela tentativa de, mesmo com o revés no pleito, tentar assumir a FPF através da Justiça, como era esperado desde o início da eleição da entidade .

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"Estamos também tentando a intervenção judicial na Federação, mas ainda não deu certo. Tudo caminha para uma liga. Esse é o nosso pensamento. Estamos liderando os 20 clubes profissionais do estado. Temos conversas e mantemos contato. Está forte isso", afirmou Mario Celso Petraglia à ESPN .

Já o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, é mais cauteloso e fala que os dirigentes dos três clubes ainda não conversaram sobre o assunto. Pelo menos, por enquanto. Para o mandatário coxa-branca, a questão é complexa e é preciso de análise. "Não conversamos nada. Ainda temos que dar uma estudada com muito carinho para ver se vale a pena isso ou não. Queremos uma federação atuante e que venha atender aos anseios do futebol paranaense", pondera.

Bacellar acredita que a Medida Provisória (MP) do futebol, assinada pela presidente Dilma Rousseff no dia 19 de março, possui algumas interpretações e é necessário aguardar o desenrolar. O artigo 6º, por exemplo, diz que, no caso de entidade de administração não cumprir as normas, os clubes podem “aderir a uma liga que cumpra as condições contidas no referido artigo''.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por outro lado, já disse que considera inconstitucional, pois vê uma intervenção do Estado no futebol brasileiro. Um dos artigos da MP prevê que os clubes adeptos ao refinanciamento percam o benefício caso participem de torneios organizados por entidades que não limitam os mandatos dos cartolas e não sejam transparentes. “Vai depender de como a CBF vai aceitar essa nossa visão. São alguns pontos para analisar”, finaliza o presidente alviverde. 

Conversa com dupla Fla-Flu

Petraglia, acompanhando a discórdia no futebol carioca, promete que vai conversar com os presidentes do Fluminense e Flamengo. No clássico entre os dois times no domingo, por exemplo, os jogadores protestaram com a mão na boca, como uma forma de mordaça . A atitude é devido à punição de dois jogos de suspensão do técnico Vanderlei Luxembrugo, que criticou publicamente a entidade carioca. 

“Está clara a vontade de uma formação de liga. Lá no Rio, a situação também é irreversível. Assim como aqui. Dos quatro grandes lá, dois estão juntos. Daqui, os três estão unidos. Ou seja, temos uma bela oportunidade. Vamos ver se a gente consegue fazer alguma coisa juntos”, promete o presidente do Atlético-PR.

A dupla Fla-Flu também está tendo problemas com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). No mesmo jogo, o atacante Fred desabafou após ter sido expulso e sugeriu outras formas de usar o primeiro semestre no calendário futebolístico . "O Campeonato Carioca tem que acabar, não dá mais. Vamos jogar Rio-São Paulo, Sul e Rio de Janeiro", cobrou o camisa 9.