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Ábila: faro artilheiro, força, gosto por gols bonitos e personalidade difícil

23 jun 2016 - 08h22
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Novo reforço do Cruzeiro, o centroavante Ramón "Wanchope" Ábila chega muito bem recomendado à Toca da Raposa. Com 53 gols em 106 aparições pelo Huracán, seu ex-clube, o jogador de 26 anos vinha sendo um dos principais atacantes do futebol argentino nas últimas temporadas, porém toda esta fama não foi suficiente para que o camisa 9 se tornasse realmente conhecido no Brasil.

Para apresentar a mais nova contratação do Cruzeiro, a Gazeta Esportiva, então, montou um perfil do atacante argentino, após conversar com três jornalistas que cobrem o Huracán. Dentre os pontos positivos, a força física, o faro de gol e o gosto por marcar gols bonitos. O temperamento difícil, contudo, aparece como uma questão a ser melhor observada.

Faro de gol

Jornalista-historiador com mais tempo de cobertura do Huracán, Marcelo Salvio, da Rádio La Red, destaca o vice-artilheiro do último Campeonato Argentino, com 11 gols, como um dos atletas mais cobiçados do país, haja visto o faro de gol do mesmo, o que o transforma num atacante letal de frente para o gol.

"Wanchope é um 9 de área, pesado e que gosta de usar o corpo, se chocando com os jogadores adversários. Quando fica de frente para o gol, é letal. Não tem tanta habilidade, mas tem o faro do gol para estar em todos rebotes e balançar as redes. É o goleador que todos queriam, se prepare. Com o corpo, ele tira os defensores, abre espaços. Sempre pede a bola, não se assusta. Cabeceia e chuta forte", afirmou.

Gosto por gols bonitos

Franco Pasquale, do programa Clubes Porteños da Rádio AM 1130, enaltece o personalidade confiante de Ábila e o fato de o jogador jogar sempre na linha dos defensores. O que mais chama a atenção, porém, é o gosto, até excessivo, do camisa 9 por marcar gols bonitos.

"Tem personalidade. Não se assusta com nada. Joga muito bem de costas para o gol e sempre encontra o espaço livre. Ábila joga no limite do impedimento, esta é sua principal característica. Tem habilidade em espaços reduzidos. Gosta de definir os lances encobrindo o goleiro quando possível. O ponto negativo é que não tem uma boa cabeçada. Sempre pede a bola. Ele gosta de fazer gols bonitos e, por isso, chega a correr o risco de perder o gol, só por luxo", comentou.

Na Argentina, Ábila duelava com Marco Ruben, do Rosário Central, o posto de melhor camisa 9 do futebol local. Quando perguntado sobre o assunto, Franco Pasquale não deve problemas em declarar sua preferência pelo reforço cruzeirense.

"São diferentes. Ábila é o goleador máximo dos últimos anos. Rubén é mais rápido e tem cabeçada. Ábila é um touro e tem muito mais presença de área. É mais hábil. Os dois são bons, mas eu prefiro Ábila. Ele é carismático, querido", ressaltou.

"Zero humildade"

Para o jornalista Máximo Duarte, o Cruzeiro fez um grande negócio ao contratar Ábila, a quem o profissional argentino compara a um trem, dada a força física do jogador. Duarte ainda destaca a qualidade do atacante para bater com as duas pernas e o apreço por finalizar de voleio, porém vê o temperamento do camisa 9 como um problema.

"Muita virtude dentro da área. Define tanto com a perna esquerda, quanto com a perna direita (ele é destro). Gosta muito de dar voleios. Fez três hat-tricks pelo Huracán. Tem um grande jogo aéreo. É um touro, gosta de se chocar com os zagueiros. Se choca como um trem. Cruzeiro contratou um grande jogador, mas é bom ficar de olho, tem zero humildade. Ele tem que tomar um banho de humildade todos os dias. É muito soberbo. É bom jogador, mas é má pessoa", avaliou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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