PUBLICIDADE
Logo do Cruzeiro

Cruzeiro

Favoritar Time

Mano vê pedidos por retorno com normalidade e defende Paulo Bento

19 jul 2016 - 11h01
Compartilhar
Exibir comentários

Mano Menezes vem sendo uma sombra para o atual técnico do Cruzeiro, o português Paulo Bento. Responsável pela arrancada do time celeste no Brasileirão do ano passado, tirando a equipe da luta contra o rebaixamento para uma improvável briga pela Libertadores, o ex-treinador cruzeirense vem tendo o seu retorno pedido por vários torcedores, em virtude do mau momento da Raposa na competição nacional, onde ocupa a 18ª posição.

Mantendo o tom respeitoso que lhe é característico, Mano Menezes diz ver com normalidade os pedidos por seu retorno, mas defendeu o trabalho do colega Paulo Bento no Cruzeiro, salientando que é necessário o torcedor ter paciência com o português, que teve pouco tempo e vários problemas para implementar sua filosofia na Toca da Raposa.

"Você não pode analisar o trabalho do treinador com dois meses de trabalho como o Paulo Bento está à frente do Cruzeiro. Com alterações que o Cruzeiro vem tendo, de reformulações de grupo, muitos jovens, você tem que ter uma boa dose de compreensão do momento que está passando", colocou Mano, que, logo depois, comentou brevemente sobre os pedidos de retorno ao Cruzeiro.

"Em relação ao Cruzeiro, penso que é relativamente normal. Minha passagem pelo Cruzeiro foi boa, então se as coisas não vão bem, o torcedor enxerga isso como solução", completou o treinador, durante o programa Bem Amigos, do SporTV.

Em dois meses de trabalho, Paulo Bento já soma os mesmos 16 jogos que Mano Menezes atingiu nos três meses que comandou o Cruzeiro no ano passado. A quantidade de jogos feito pelo técnico português chama a atenção, porém o aproveitamento de 37,5% começa a deixar o lusitano na berlinda.

Mano Menezes, por outro lado, tinha um aproveitamento de 62,5% quando deixou a Toca da Raposa para seguir para a China, onde comandou o Shandong Luneng. Este foi outro tema também comentado pelo treinador que, demitido pela equipe chinesa em junho, não se arrependeu de ter trocado o bom trabalho na Toca da Raposa por uma oferta milionária do futebol asiático.

"Penso muito antes de tomar as decisões que tomo e não me arrependo. No futebol brasileiro você pode ficar aqui e acontecer a mesma coisa, é só olhar os técnicos sendo demitido a todo o momento dos clubes brasileiros. Tenho que levar em consideração que, financeiramente, recebi em sete meses o que receberia em seis anos no Brasil. Então a diferença, a proporção das coisas, é grande", avaliou.

"Quando nós chegamos lá e eu olhei o clube, pensei: é impossível que esse clube não seja campeão a cada três anos. A estrutura que tem é melhor que a de todos os clubes brasileiros e de muitos da Europa. Por que não ganha? Porque a gestão é difícil, porque o maior parceiro é uma estatal, os funcionários são filiados a um partido da China e por aí vai", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade