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Scuro mantém discurso e nega sondagem por Rafael Martins

14 jun 2016 - 16h04
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O diretor de futebol do Cruzeiro, Thiago Scuro, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, reforçando que jamais sondou Rafael Martins, atacante do Levante, da Espanha, que esteve emprestado ao Moreirense, de Portugal, na última temporada europeia.

A declaração do dirigente contradiz as versões oferecidas pelo próprio jogador, em entrevista à ESPN, e do empresário do atleta, José Lorenzo, em contato com a Gazeta Esportiva na última quarta-feira. Ao contrário do que foi dito por Scuro, ambos asseguram a sondagem do clube celeste, que desistiu da negociação em virtude dos valores associados a Rafael Martins e da reprovação da torcida em relação ao nome do atacante.

Na segunda-feira, o clube celeste já havia comunicado que não havia sondado o jogador. Insatisfeitos com a postura dos dirigentes cruzeirenses, Rafael Martins e seu empresário divulgaram, por meio da assessoria do atleta, à boa parte da imprensa toda a conversa por celular entre o jogador e Thiago Scuro, deixando claro o interesse e a sondagem do diretor pelo atacante.

Pouco depois, o Cruzeiro enviou nota imprensa salientando que a conversa por celular foi informal e fomentada pela amizade entre Scuro e Rafael Martins. Logo que surgiu no Audax, o atacante teve grande auxílio do dirigente celeste, na época diretor do clube paulista, em seu desenvolvimento como atleta.

Diante do carinho que tem por Rafael Martins, Thiago Scuro se disse ferido com a divulgação das mensagens e garantiu que não sondou o jogador, afirmando que o atleta não preenche os requisitos técnicos para atuar pelo Cruzeiro, apesar de, na conversa por celular, ter dito ao atacante que ele seria "artilheiro do Brasileiro" com a camisa celeste.

Além da tentativa de esclarecer os acontecimentos, o dirigente celeste deu a entender que as notícias veiculados pela imprensa sobre negociação com Rafael Martins tinham o intuito de tumultuar o ambiente da Toca da Raposa.

Confira o pronunciamento feito pelo diretor Thiago Scuro:

"Bom dia a todos, como o Guilherme disse, nós sentimos no dever junto a vocês, ao torcedor, de vir aqui prestar alguns esclarecimentos. O primeiro aspecto é que, de alguma forma, a veiculação agride demais pessoalmente a mim. Então, você ter publicado, sem autorização, troca de mensagens privadas, com pessoas que temos um relacionamento pessoal, incomoda bastante. Mas o dever como diretor do Cruzeiro é esclarecer que isso não passou de uma troca de mensagens entre pessoas que se conhecem há muitos anos. Então existe uma decepção profunda com a postura do atleta, com a postura de quem o representa. E que o Cruzeiro nunca fez uma proposta de trabalho ao jogador, o Cruzeiro nunca fez contato com o clube em que ele está vinculado, por uma razão muito simples: o atleta não preenche os requisitos técnicos do momento do Cruzeiro e da nossa exigência. É importantíssimo que esse posicionamento fique claro, para que o torcedor entenda que a Toca II está blindada. Direção, jogadores, comissão técnica estão unidos e fechados em prol de fazer um trabalho que gere ao Cruzeiro mais vitórias. Esse é o nosso foco, essa é a nossa atenção. Nós vencemos um jogo difícil no fim de semana, um clássico, três pontos importantíssimos fora de casa. E nada que venha para afetar essa tranquilidade, essa condição do nosso trabalho, nós vamos deixar que chegue a comissão técnica e aos nosso atletas. Fica aí feito o esclarecimento. O posicionamento oficial nosso em relação as noticias veiculadas".

"Muito além como dirigente, esse episódio é preocupante como ser humano, como sociedade para todos nós. A gente começa a partir para um comportamento de atletas e de agentes muito perigoso. Estou na 14ª temporada trabalhando no futebol, então inúmeros jogadores que estão aí com 28 ou 29 anos, eu os conheci com 13 ou 14 anos, como é o caso do Paulinho que está no Guangzhou, do Bruno Peres, do Vitinho que está no Internacional, Bruno Uvini e tantos outros que tive a oportunidade de contribuir, não só com a formação como atleta, mas como pessoa. O Rafael foi um deles, talvez um dos que mais tenha feito, por isso que fica um posicionamento aqui também como pessoa. Fui muito atingido e ferido desde ontem, pela forma como isso foi conduzido. Nós, que estamos do lado de cá, também somos seres humanos, tenho família, tenho filhos, e isso, quando atinge dessa forma, nos deixa muito chateado. Que a gente utilize isso de forma muito positiva e que esses episódios sirvam para tornar o Cruzeiro ainda mais forte, que o trabalho aqui dentro seja mais fechado, e espero de todos um pouco mais de responsabilidade e respeito. Nós vamos ter isso sempre com o torcedor, a imprensa e com os atletas. Precisamos disso também com os clubes e as instituições"

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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