PUBLICIDADE

Esportes Aquáticos

CBDA suspende torneios nacionais e salários de funcionários

3 nov 2016 - 16h00
Compartilhar
Exibir comentários

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou, nesta quinta-feira, que estão suspensos os pagamentos de funcionários e os campeonatos nacionais realizados pela entidade, que organiza torneios de natação, polo aquático, nado sincronizado, saltos ornamentais e maratonas aquáticas.

Em nota oficial, a CBDA explicou que vem encontrando dificuldades para realizar as movimentações das contas bancárias após o afastamento do então presidente da entidade, Coaracy Nunes, e de outros três dirigentes pelo Ministério Público de São Paulo. No último mês, os quatro foram acusados de irregularidades em um convênio firmado entre a CBDA e o Ministério dos Esportes, em 2014.

"Sob ordem judicial, estão com dificuldades de movimentação as contas bancárias, cessados os pagamentos, suspensos os eventos. Até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os Campeonatos Nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos. Não irão receber seus salários os funcionários", exalta uma parte da nota oficial.

Apesar do caso ainda estar sob investigação, a CBDA chamou a atenção para o prejuízo que cortar os salários dos funcionários e suspender os torneios nacionais pode causar.

"Não é justo que cinco esportes olímpicos sejam punidos por qualquer que seja a questão - política, burocrática ou judicial. É incalculável a perda e o retrocesso que isso representa, pois não é saudável que atletas, técnicos, organizadores e promotores sejam impedidos de exercer suas atividades por uma acusação que pode não ser verdadeira", explicou a Confederação.

Assim, todos os torneios realizados em solo nacional organizados pela CBDA - natação, polo aquático, nado sincronizado, saltos ornamentais e maratonas aquáticas - estão suspensos.

Leia abaixo a nota oficial da entidade.

Embora nada ainda tenha sido apurado, o Ministério Público de São Paulo pediu o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), além de três outros dirigentes, sob a acusação de irregularidades em um convênio firmado entre a CBDA e o Ministério dos Esportes, em 2014. O pedido foi acatado pela Justiça Federal em São Paulo e em nenhum momento foi permitido que a CBDA prestasse esclarecimentos. O inquérito foi todo conduzido à revelia da CBDA. Com esta medida os cincos esportes aquáticos envolvidos pararam. E tudo isso, justo no momento em que eram estudadas as possíveis renovações de contratos de patrocínio.

Sob ordem judicial, estão com dificuldades de movimentação as contas bancárias, cessados os pagamentos, suspensos os eventos. Até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os Campeonatos Nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos. Não irão receber seus salários os funcionários.

Se existe algum tipo de irregularidade, é muito importante que tudo seja esclarecido e seja dado amplo direito de defesa. Se não existir nenhum dolo, que as coisas continuem, após a devida retratação dos que acusaram sem razão. Diante do esporte, isso é secundário. Mas, pelo bem do Brasil e de quem se dedica às modalidades, que se dê continuidade aos processos e rotina de uma das mais vitoriosas confederações brasileiras.

Não é justo que cinco esportes olímpicos sejam punidos por qualquer que seja a questão - política, burocrática ou judicial. É incalculável a perda e o retrocesso que isso representa, pois não é saudável que atletas, técnicos, organizadores e promotores sejam impedidos de exercer suas atividades por uma acusação que pode não ser verdadeira.

Espera-se que a justiça, sempre atenta, mas nem sempre tão rápida, consiga entender a gravidade do momento e que, sensibilizada pela questão, decida o quanto antes como dar sequencia aos campeonatos de esportes aquáticos de agora em diante. Porque o esporte precisa. E ele tem que continuar.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade