Desqualificada na maratona aquática, Aurelie vai recorrer de decisão no CAS

17 ago 2016 - 06h40

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A nadadora Aurelie Muller, da França, desqualificada na prova feminina de maratona aquática dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, garantiu em declarações divulgadas nesta quarta-feira pelos meios de comunicação franceses que vai recorrer da decisão dos juízes na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

"Mas não quero criar falsas esperanças", afirmou ao jornal "L'Equipe", após haver perdido a medalha de prata na última segunda-feira.

A holandesa Sharon van Rouwendaal conquistou o ouro com um tempo de 1h56min32. Aurelie chegou em segundo lugar e a italiana Rachele Bruni no terceiro nessa prova de 10 quilômetros disputada na Praia de Copacabana.

Com a desclassificação da francesa, o bronze acabou ficando com a brasileira Poliana Okimoto, que terminou a prova na quarta colocação.

Mas, com as nadadoras já fora de água, os árbitros aceitaram uma reivindicação e anunciaram a desqualificação da francesa, ao considerar que Aurelie atrapalhou a italiana e impediu que ela tocasse a placa onde marcaria sua chegada.

"Foi o julgamento de apenas um homem, metade do júri discordou. Por que? Por que não pediram um tempo para ver os vídeos? Para nós, as meninas, tudo estava normal. (...) O que passa na chegada se passa durante duas horas, faz parte das maratonas aquáticas", disse em entrevista divulgada hoje pelo jornal.

Aurelie Muller disse que estava "um pouco desorientada", "muito triste" e "obviamente decepcionada", ressaltando que está pronta para tentar novamente em quatro anos, porque se parasse agora lamentaria, e destacou que, ainda luta para digerir o que aconteceu.