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Esportes Aquáticos

Maior que todos, Phelps realiza sonho de criança e se despede como lenda

14 ago 2016 - 04h08
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Inspiração para qualquer sonhador e lenda viva do esporte mundial, Michael Phelps encerrou a carreira pela segunda vez na noite deste sábado, no Rio de Janeiro, após conquistar o 23º ouro em Jogos Olímpicos e encerrar uma história que muitos acreditam ainda não ter chegado ao fim.

Aos 31 anos, Phelps mergulhou na piscina do Estádio Aquático Olímpico para liderar os Estados Unidos à vitória na final dos 4x100 metros medley. A festa de despedida não poderia ocorrer em condições mais propícias: comemoração no topo do pódio com medalha no pescoço, novo recorde no relógio e ao som do hino nacional americano.

"Na hora da prova, tudo começou a vir à cabeça e fiquei chocado. Estou muito mais emocionado do que em 2012, mas é uma coisa boa, posso olhar pra trás e dizer que alcancei tudo o que quis. Essa é a cereja do bolo que eu queria e não poderia estar mais feliz", comentou em sua provável última coletiva de imprensa como atleta.

Com a vitória, Phelps encerrou a participação no Rio 2016 levando para casa seis medalhas, sendo cinco de ouro (4x100m medley, 200m medley, 200m borboleta e revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre), e uma de prata (100m borboleta).

"Pensei neste momento em todos os dias da semana. Tudo comecou como um grande sonho de uma criança que queria fazer o que ninguém fez e acabou bem legal. Eu fiz acontecer, foi o jeito perfeito de terminar", celebrou.

Esta edição representou a primeira e última vez do agora ex-nadador como capitão da equipe de natação dos EUA nos Jogos Olímpicos. Na opinião do técnico, Bob Bowman, com quem a lenda treina há 20 anos, nunca haverá um novo Michael Phelps.

"Claro que não, e nem estou procurando um. Ele é especial demais. Só existe um dele a cada dez gerações. Ele tem potencial físico, capacidade mental, apoio da família, estabilidade emocional e trabalha bem sob pressão. Não veremos mais um Michael, mas ótimos atletas como Katie Ledecky e Ryan Murphy", disse o treinador.

Colecionador de medalhas, Phelps se recusa a dizer onde as guarda e nega ter preferência por alguma porque as considera igualmente especiais. São 28 no total, mais do que qualquer outro atleta na história, sendo três pratas e dois bronzes. Além de chamar a atenção pela quantidade, o número de ouros também tem outro significado.

"Michael Jordan (que vestia a camisa 23) é uma inspiração para a minha carreira, por tudo o que ele fez no esporte. Eu fiz muito, mas ainda há muito a ser feito", disse o americano, que se espelhou no lendário jogador de basquete e hoje também serve de inspiração para milhões de pessoas.

As suposições sobre um possível retorno do ícone às piscinas em Tóquio se devem à mudança de decisão do americano há quatro anos, quando disse que se aposentaria em Londres e voltou para continuar a fazer história no Rio de Janeiro.

Além disso, Phelps terá 35 anos em 2020, a mesma idade com a qual o compatriota Anthony Ervin venceu a final dos 50 metros livre masculino nesta edição dos Jogos Olímpicos, tornando-se o nadador mais velho a ser campeão.

No entanto, o maior atleta de todos os tempos já afirmou que sofre com o desgaste físico e garantiu que não voltará a competir, mas deixou abertas as possibilidades de trabalhar no meio esportivo, para talvez começar a escrever uma nova história de sucesso.

"Acho que tudo na vida acontece por algum motivo. Por isso estou aqui, não mudaria nada. Vou começar um novo capítulo na vida. Estou me aposentando, mas não estou acabado, estou começando algo novo", declarou a lenda, sem entrar em detalhes sobre o futuro.

EFE   
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