Torben Grael considera "excelente" participação da vela do Brasil no Rio 2016

18 ago 2016 - 20h35

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Coordenador técnico da equipe brasileira de vela, Torben Grael fez elogios nesta quinta-feira à participação do país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, embora apenas uma medalha tenha sido conquistada, o ouro de sua filha, Martine, e de Kahena Kunze na classe 49er FX.

"Se você olhar os resultados em geral da vela, são poucos os países que repetem medalha. É um resultado bastante heterogêneo, então termos conseguido um ouro representa um excelente resultado. Temos de considerar que em outras duas classes ficamos em quarto lugar com uma diferença minúscula, qualquer detalhe poderia ter decidido a nosso favor. Outras três equipes estiveram na regata final, e o 49er ficou a um ponto da final", analisou Torben em entrevista concedida na zona mista montada perto da Marina da Glória.

Os quarto lugares do Brasil foram de Robert Scheidt, que venceu a regata da medalha da classe Laser e ficou a quatro pontos do neozelandês Sam Meech, medalhista de bronze, e de Jorge Zarif, que teve 11 pontos perdidos a mais que o americano Caleb Paine, terceiro colocado da classe Finn.

"Sempre dá para melhorar, mas a gente desta vez teria classificado as dez classes para os Jogos. A gente não precisou, mas teria conseguido mesmo sem ser país sede. Das dez, sete foram para a regata final e uma ficou a um ponto. Demonstra que o ouro não é um ponto fora da curva, a equipe toda era bastante forte", completou.

Na visão do bicampeão olímpico da classe star (1996 e 2004), o título de Martine e Kahena foi importante, mas não garante que a vela brasileira continuará forte.

"Não garante nada, mas obviamente ajuda, mantém a tradição de bons resultados da vela, e isso sempre atrai patrocinadores e apoio em geral", afirmou Torben, que desconversou ao ser perguntado se continua no cargo de coordenador técnico. "Isso a gente vai ver com calma agora", limitou-se a dizer.