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Exemplo de superação do tio marcou carreira de Martine Grael

19 ago 2016 - 13h58
(atualizado em 24/8/2016 às 12h35)
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Martine Grael tinha apenas 7 anos quando seu tio, Lars Grael, se envolveu num acidente de barco em Vitória e teve uma perna mutilada. A tragédia, em si, não alterou muito a sua rotina, uma vez que ela foi blindada pelos pais para evitar a angústia de longos dias em que a família Grael convivia com dúvidas sobre a resistência de Lars. O risco de morte era evidente.

Após várias cirurgias e inúmeros tratamentos específicos, o ex-medalhista olímpico em Seul (1988) e Atlanta (1996), dava sinais claros de recuperação. Com força de vontade e uma rede de apoios, ele se restabelecia, na medida do possivel.

Martine Grael (à esquerda) e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na prova 49erFX da vela olímpica, no Rio de Janeiro
Martine Grael (à esquerda) e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na prova 49erFX da vela olímpica, no Rio de Janeiro
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Essa volta por cima de Lars foi marcante para Martine. Filha do multicampeão Torben Grael, ela subiu ao pódio na quinta (19) para receber o ouro, ao lado de Kahena Kunze, na categoria 49erFX. Nesta sexta, durante entrevista na casa Time Brasil,  na Barra, a velejadora falou com carinho e gratidão do tio.

"Quando tudo aquilo aconteceu,  a família sofreu uma chacoalhada. Mas meus pais esconderam de mim muitas coisas para me preservar. Depois, fui entendendo tudo e a força do meu tio me inspirou muito para aprender a suportar todas as adversidades e vencer. Ele e meu pai são minhas principais referências no esporte."

O acidente de Lars ocorreu no momento em que disputava uma regata em Vitória, em 1998.  Uma lancha, pilotada pelo empresário Carlos Guilherme de Abreu e Lima, invadiu a área de competição e colidiu  com o barco do atleta. A Justiça condenou Carlos a pagar uma indenização de R$ 2, 4 milhões e também a arcar com uma pensão vitalícia para Lars.

O atleta voltaria a competir anos depois e passou a ter atuação na administração do esporte. Ele sempre disse que teve uma segunda oportunidade de viver e que isso era o mais importante.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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