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Abalado com acidente da Chape, Rafael Moura não enfrenta o Sport

3 dez 2016 - 18h41
(atualizado às 18h41)
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Artilheiro do Figueirense no Campeonato Brasileiro, Rafael Moura não entrará em campo para enfrentar o Sport no próximo domingo, dia 11 de dezembro, pela última rodada do torneio. Por meio de suas redes sociais, o atacante afirmou estar profundamente abalado com o acidente envolvendo a Chapecoense e pediu a compreensão do torcedor.

Na 18ª colocação do Brasileirão, com 37 pontos, o Figueirense está rebaixado desde a 36ª rodada da competição, quando foi derrotado pelo Vitória, por 4 a 0. O jogador, que não permanecerá no Figueira no ano que vem por conta do fim do contrato, havia pedido à diretoria do clube para jogar os dois últimos compromissos da equipe catarinense e encerrar com honra a sua passagem por Florianópolis. Porém, os tristes acontecimentos da última terça-feira mudaram os planos do atleta.

Após perder companheiros de profissão da Chapecoense e jornalistas que acompanhavam o dia-a-dia do time em Santa Catarina, He-Man disse que não conseguirá entrar em campo e fazer uma boa atuação. Na publicação em seu Instagram, o jogador utilizou uma foto com o volante Cleber Santana, uma das vítimas do trágico acidente.

A partida, válida pela 38ª rodada do campeonato, é decisiva para o Sport. Na 16ª colocação - a primeira fora da zona de rebaixamento -, com 44 pontos, a equipe pernambucana precisa vencer o Figueirense para permanecer na Série A. A ausência do camisa 9, de certa forma, ajuda, já que Rafael Moura é o maior goleador da equipe, com oito tentos anotados nesta edição do torneio. Brigando com o Sport pela permanência na primeira divisão está o Internacional, com 42 pontos, em 17º lugar. O time gaúcho precisa vencer de qualquer jeito e torcer por um tropeço do Leão para jogar na elite do futebol nacional na próxima temporada.

Confira abaixo a carta publicada por Rafael Moura, o He-Man, em suas redes sociais:

Na semana passada, eu e outros jogadores do Figueirense que têm contrato com o clube encerrando agora em dezembro fomos procurados pela diretoria e informados de que estávamos dispensados dos dois últimos compromissos pelo Campeonato Brasileiro. A ideia era que a comissão técnica pudesse dar chance aos atletas que ficarão aqui no ano que vem já pensando no planejamento da próxima temporada. Na ocasião, conversei com o Marquinhos, nosso técnico, e o Léo Franco, superintendente do Figueirense, disse que queria cumprir meu contrato até o final e encerrar minha passagem aqui de forma honrosa, mesmo com a nossa situação no campeonato já definida.

Meu pedido foi aceito, e eu fiquei em Florianópolis treinando normalmente durante a semana para o jogo contra o Fluminense. Queria fechar a temporada brigando até o final, vencendo os nossos dois últimos adversários, como de fato aconteceu no domingo passado, e dar ao torcedor a certeza de que o ano que vem será melhor.

Porém, a tragédia que vivenciamos essa semana com a Chapecoense mudou tudo o que pensamos, o que queremos, de forma extremamente profunda, desde as coisas mais banais até as mais importantes. Perdi amigos, perdi colegas da imprensa que faziam parte da nossa rotina, no CT, em jogos ou em programas esportivos… cada um tem o direito de ter sua opinião, mas, em uma situação tão inimaginável, provavelmente a maior tragédia que o esporte mundial já vivenciou, EU não consigo estar em campo contra o Sport. A essência do futebol, do esporte, é a competitividade, a busca incessante pela vitória, e nesse momento eu não tenho condições de estar em campo e ter essa postura, que sempre tive por onde passei. Por isso, venho esclarecer que, da mesma forma que uma semana atrás eu pedi para jogar os dois jogos restantes, hoje estou aqui para dizer que não estarei com o grupo na viagem para Recife.

Conto com a compreensão de todos.

Rafael Moura

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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