MP indicia Luiz Antonio por suposto golpe e ação com milícia
O volante Luiz Antonio, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta sexta-feira. Ele teria tentado aplicar um "golpe do seguro", além de supostamente ter se envolvido com uma milícia da zona oeste fluminense. Denunciado pelo Ministério Público, ele deve ser levado a julgamento por fraude securitária e organização criminosa.
O pai do atleta, Luiz Carlos Soares, e o policial civil Alexandre Antunes, que seria amigo da família, também foram denunciados por colaborar com as irregularidades. Desta forma também terão que se explicar perante à Justiça.
A Polícia Civil suspeita que Luiz Antonio tenha presenteado um dos chefes da milícia batizada de Liga da Justiça com um carro de luxo. O pai do jogador teria dado sumiço no carro e, poucos dias depois, feito Boletim de Ocorrência por queixa de roubo do referido automóvel.
Segundo entende a investigação, o atleta tentou aplicar um golpe na seguradora. Tanto que agentes realizaram batidas policiais na casa de Luiz Antonio e em seus antigos endereços.
O Flamengo promete dar apoio ao jogador, mas se exime de qualquer responsabilidade sobre seu comportamento. Já o advogado da família, Michel Asseff Filho, prefere não se pronunciar enquanto não conhecer os autos do processo.
Escutas telefônicas reveladas pela Polícia Civil indicam que o atleta do Flamengo não sabia o que fazer quando o caso veio à tona, já no ano passado. “Desde que a notícia foi divulgada, o Luiz Antônio ficou desesperado e o advogado disse para ele ficar tranquilo. O advogado disse que falaria com o Alexandre e que armaria a acareação”, revelou o delegado-adjunto da Draco, Luiz Augusto Braga, à Rádio BandNews.
O vice jurídico do Flamengo, Flávio Willeman, em entrevista à Rádio Bradesco Esportes FM, aguarda o desfecho do processo e lamenta o que aconteceu com o seu empregado. “O Flamengo não teve acesso a esta investigação ou inquérito e não li a denúncia do MP. Esta suposta delituosa não foi praticada pelo Flamengo. Isso diz respeito à vida dele particular. O fato é lamentável e fomos pegos de surpresa com esta informação e não faremos nenhum pré-julgamento sobre o fato. O atleta alega ser inocente. Os fatos são graves, mas o Flamengo não tem razões ou motivos para aplicar qualquer sanção preliminar ou trabalhista. Ele segue trabalhando no Flamengo, mas não compactuamos com condutas ilícitas”, revelou o vice-presidente jurídico, que não vai fazer parte da defesa do atleta nos tribunais.
“O Flamengo não mistura a vida pessoal dos atletas e funcionários com a vida profissional. Apoiamos enquanto ação pelo clube. Isso serve para qualquer esfera. Damos apoio psicológico e material, mas não faremos a defesa do atleta ou de qualquer dirigente. Ele tem que fazer com o seu próprio recurso”, ressaltou Willeman.
Com informações da Gazeta Esportiva.
