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Tite diz que terá coerência para não atrapalhar clubes com convocação

18 out 2016 - 00h42
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Apesar de toda a empolgação com a Seleção Brasileira depois de que Tite assumiu o cargo e acabou com o temor da não classificação à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, para ser levar a equipe canarinho à liderança das Eliminatórias Sul-americanas, cresce a cada dia a expectativa de todos com a reta final do Campeonato Brasileiro. Logo, vem aquela preocupação com os desfalques que a Seleção pode causar em cada clube em função da próxima convocação.

Por isso, nesta segunda-feira, Tite foi claro e objetivo ao ser questionado no programa Bem Amigos, do Sportv, sobre essa situação que sempre gera e gerou muito conflito. Para o técnico, o objetivo da equipe que comanda hoje é a prioridade, mas, a ideia é equilibrar o prejuízo entre os próprios clubes.

"Vou sempre considerar, humanamente e profissionalmente, sem prejuízo à Seleção e ao nosso objetivo de classificação. Não vou baixar a guarda, mas vou ser coerente. Se eu tiver um lateral direito do Palmeiras e um também do Atlético, já tendo o Gabriel (Jesus) convocado, vai o do Atlético, porque vai gerar um equilíbrio técnico. Tenho bom senso e cuidado, sem prejuízo à Seleção, porque é minha responsabilidade", avisou Tite, com firmeza nas palavras.

E realmente ficaria difícil imaginar Tite abrindo mão de qualquer atleta diante dos próximos compromissos. Dia 10 de novembro, o Brasil faz clássico com a Argentina no Mineirão e não haverá rodada no Brasileirão. E dia 16, quarta-feira, visita o Peru no último compromisso do ano. Na quinta, 17, Atlético-MG e Palmeiras se enfrentam em Minas Gerais pela 35ª rodada do nacional, que terá os jogos normalmente, inclusive no dia anterior.

Tite quis dar lição a Neymar sobre cartões

Uma das poucas críticas que Tite recebeu até agora na Seleção Brasileira foi não ter sacado Neymar no intervalo do jogo contra a Bolívia, depois do Brasil abrir 4 a 0 no placar, sabendo que o camisa 10 estava pendurado pelo cartão amarelo recebido no primeiro tempo e poderia desfalcar a equipe não só contra a Venezuela (por suspensão automática), mas também no clássico diante da Argentina, se recebesse uma nova advertência na etapa final.

Nesta segunda, o sucessor de Dunga aproveitou para explicar o que o motivou a deixar Neymar em campo e aproveitou para contar detalhes da situação no momento que tudo aconteceu. "Quando o Neymar tomou amarelo, o vestiário estava constrangido e o Neymar envergonhado pelo cartão amarelo. Isso ainda no intervalo", revelou, antes de contar a lição que quis dar ao craque.

"Sabe quantas vezes eu pensei em substituir o Neymar naquele segundo tempo? Umas dez vezes. Mas isso é um processo de maturidade que ele precisa sentir na pele. Eu falei: 'Neymar, esquece o cartão. É comigo'. Vai jogar, vai para cima, chuta e dribla. No primeiro terço (de campo), não segura tanto, toca mais rápido, mas na frente pode jogar. É um processo de maturidade", afirmou, valorizando o aprendizado que o Barcelona pode dar ao brasileiro nesse que é um de seus pontos fracos ainda.

"Primeiro, eu tenho certeza que o Neymar foi para o clube certo. Ele vive uma situação muito boa e tenho certeza que ele vai melhorar quanto aos cartões. Ele vai ter que absorver que por ser um talento diferenciado, ele vai ter que matar no peito e ignorar isso. Precisa apender a absorver isso e ir pra cima no jogo seguinte", concluiu Tite.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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