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Drubscky quer aproveitar trabalho de Cristóvão: não sou bobo

24 mar 2015 - 18h50
(atualizado às 19h49)
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Respaldado pelos cartolas Mario Bittencourt e Fernando Simone, Ricardo Drubscky foi apresentado como novo técnico do Fluminense com um discurso otimista, apesar da reação negativa de parte da torcida tricolor, que parece não ter aprovado a contratação.

<p>Ricardo Drubscky está confiante em um bom trabalho no Flu</p>
Ricardo Drubscky está confiante em um bom trabalho no Flu
Foto: Bruno Haddad/Fluminense / Divulgação

"Eu vejo essa oportunidade de uma maneira muito tranquila, assim como a desconfiança. Qualquer treinador que estivesse chegando aqui hoje, estaria com um certo nível de rejeição. Uns mais, outros menos, porque é impossível agradar a todos (...) Não está vindo um menino aqui, não. Está vindo um homem com vitalidade, com vida. Vamos fazer as coisas acontecerem, de corpo e alma, e no fim vamos sorrir juntos", declarou ele, aproveitando para explicar que tipo de jogo tentará implantar na nova equipe.

"Eu pretendo que a nossa equipe seja como todas as que dirigi até hoje: que saiba atacar e seja lúcida em campo. Que não seja ofensiva só porque há uma pressão no futebol brasileiro que dita que as equipes devem ser ofensivas. Pretendo que o Fluminense seja uma equipe argumentada dentro de campo, em termos ofensivos e defensivos", comentou.

<p>Novo treinador já comandou uma atividade no campo das Laranjeiras</p>
Novo treinador já comandou uma atividade no campo das Laranjeiras
Foto: Nelson Perez/Fluminense / Divulgação

"É isso que vou tentar fazer, sem mudanças drásticas. Vou aproveitar muita coisa que o Cristóvão fez, porque é um excelente treinador. A conjuntura do futebol brasileiro provoca a saída de um profissional desse, mas quero ressaltar que não vou começar um trabalho do zero, vou aproveitar um trabalho excelente. Não sou bobo, vou tentar dar sequência ao trabalho e acrescentar a minha maneira de pensar o futebol. Eu acho que o Fred e o Walter serão muito úteis", revelou Drubscky.

Ainda no assunto "Cristóvão Borges", o comandante do Fluminense se estendeu comentando a pressão exercida sobre os treinadores no futebol brasileiro, que são cobrados por resultados imediatos sem o tempo necessário para conquistá-los.

<p>Mario Bittencourt teve influência na chegada do novo comandante do Fluminense</p>
Mario Bittencourt teve influência na chegada do novo comandante do Fluminense
Foto: Bruno Haddad/Fluminense / Divulgação

"Eu não tenho dúvida que a gente sofre com esse peso no futebol brasileiro. O que não podemos fazer no futebol é apontar o dedo para esse ou aquele culpado. Todos nós da comunidade do futebol temos nossa participação nesse contexto. Nós precisamos, sim, ter um cuidado maior, não se pode medir o trabalho de um treinador em pouco tempo. As vitórias nem sempre vem rapidamente, é preciso de tempo", opinou.

"Infelizmente, é uma coisa que nós todos, treinadores, dirigentes, a mídia especializada, e os torcedores precisávamos debater de uma maneira mais profunda, para que possamos criar alguns instrumentos que realmente mudem o estado em que se encontra o futebol brasileiro", avaliou o novo comandante das Laranjeiras.

Apesar da desconfiança que ronda o elenco tricolor, quinto colocado na Taça Guanabara - o pior dentre os quatro grandes do Rio -, o treinador garantiu que o atual grupo tem respaldo, precisando apenas de alguns ajustes.

Veja os gols de Fluminense 1 x 1 Tigres pelo Carioca:

"Acredito muito nesse elenco e no trabalho que a gente desenvolve em campo. Acho que a gente vai conseguir driblar essas dificuldades que o futebol brasileiro nos apresenta. Eu não vou fazer nada de diferente que os grandes treinadores do futebol brasileiro fizeram até hoje, tentar vencer e manter o trabalho com qualidade. Com a estrutura e a força que tem o Fluminense, vamos conseguir... Não sou mais um menino. Sei que o ar que se respira aqui dentro é de muito interesse e vontade de que as coisas aconteçam. Percebo que as pessoas no clube querem fazer a coisa virar", comentou.

Já nesta terça, nas Laranjeiras, Ricardo Drubscky comandou o primeiro treino no Fluminense. Antes da atividade, o presidente Peter Siemsen já havia manifestado apoio ao recém-chegado, contratado principalmente pela experiência na formação de jovens - informação confirmada pelo diretor executivo Fernando Simone.

"Dentro do que a gente esperava, é um trabalho de reconstrução, de formar jovens jogadores. Ele vai saber trabalhar com o elenco heterogêneo que nós temos, vai saber fazer algo que faltou nos nossos últimos anos, que é a integração da base com o profissional. Tenho consciência dos meus acertos e dos meus erros, e a integração com a base a gente sabia que era um problema. Por isso, a cada escolha que a gente fez, o nome do Ricardo estava entre os melhores, se não era o melhor. A indicação foi minha, o Mario (Bittencourt, vice-presidente de futebol do clube) topou de imediato e o presidente aprovou. Se vai dar certo, o futuro vai dizer. Mas estou com total confiança e empolgado. Se eu tiver que errar, vai ser pela minha cabeça, fazendo o que eu acho correto".

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