Por questão de logística, faixa do Fluminense é vetada no Engenhão
25 out2012 - 16h25
(atualizado às 18h53)
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Com os ingressos já esgotados, o GEPE teve de tomar uma medida para facilitar a logística do jogo: proibir a entrada da faixa "Lutem Até O Fim", que a torcida tricolor está acostumada a ver nas arquibancadas do Engenhão. No entanto, o Tenente-Coronel do GEPE, João Florentini, nega que tenha algum caráter de censura neste veto.
"Não tenho nada contra esta faixa. Ela já foi utilizada outras vezes, inclusive em jogos sob meu comando. O veto foi por questões logísticas. Se eu deixar cada torcedor colocar suas faixas, teríamos 30 mil delas. No setor em que o torcedor queria colocar, somente uma torcida organizada do Fluminense não utiliza. As demais penduram suas faixas e, ainda assim, falta espaço", disse Florentini.
O Tenente-Coronel lembrou ainda de outras situações em que foi obrigado a vetar, mas por questões ofensivas e não logísticas, e comparou com o caso do Fluminense.
"A faixa não tem nada ofensivo. No jogo de quarta-feira, do Vasco, deixei a torcida colocar peças cobrando o dinheiro e contratações de jogadores. Isso faz parte dos protestos e deixei entrar. Havia ofensas pessoais, xingando algumas pessoas nominalmente. Estas eu vetei. Assim como na partida do Atlético-MG contra o Flamengo, no Engenhão, a torcida mineira trouxe uma faixa ofendendo um ex-árbitro de futebol. Também não deixei entrar", disse o Tenente-Coronel, que ainda citou um outro caso ligado à logística.
"Houve um jogo do Botafogo em que um torcedor queria entrar com uma faixa de sete metros em homenagem ao Garrincha. Só que no Setor Norte já ficam três organizadas. Tive que vetar", concluiu.
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A 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputada neste fim de semana, foi marcada por inúmeros protestos contra a arbitragem e a CBF. No jogo entre Atlético-MG e Fluminense, por exemplo, a torcida mineira exibiu um mosaico com as cores do time carioca e a sigla "CBF" ao contrário, para protestar contra possíveis ajudas da entidade ao atual líder da competição
Foto: Gil Leonardi / Lancepress!
Segundo a assessoria de imprensa do Atlético-MG, o protesto foi organizado pela própria torcida e não tem nada a ver com o clube; durante o jogo, o árbitro Jailson Macedo Freitas anulou um gol de falta de Ronaldinho após considerar que o zagueiro Leonardo Silva fez falta na barreira. O lance acirrou ainda mais os ânimos no Estádio Independência
Foto: Samuel Costa/Hoje Em Dia / Futura Press
A torcida ainda exibiu bandeiras com os dizeres "apito amigo" e "vergonha"
Foto: Samuel Costa/Hoje Em Dia / Gazeta Press
A flâmula com o fundo preto, e a sigla da CBF ao contrário externou a revolta da torcida alvinegra com a maior entidade do futebol brasileiro
Foto: Paulo Fonseca / Futura Press
Usando narizes de palhaço, os atleticanos protestaram contra a arbitragem do Campeonato Brasileiro; acima, uma torcedora exibe a faixa com o termo "CBFlu" fazendo referência a uma possível ajuda da CBF ao clube carioca. A suspensão de Ronaldinho do jogo contra o Internacional, após lance em que sequer foi marcada falta em Kléber do Grêmio, é um dos motivos da revolta da torcida
Foto: Léo Fontes/O Tempo / Futura Press
Mais tarde, na partida entre Ponte Preta e Santos, no Moisés Lucarelli, a torcida campineira também usou narizes de palhaço como forma de protesto
Foto: Célio Messias / Lancepress!
A Ponte Preta venceu o Santos por 1 a 0, em um jogo quente. A cada falta marcada para o clube da baixada, principalmente em Neymar, o coro de "vergonha" era entoado nas arquibancadas