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Seleção: fase ruim de centroavantes liga sinal para mudanças

30 jun 2014 - 06h59
(atualizado às 07h00)
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<p>Fred tem ficado isolado no ataque e, mesmo correndo muito em campo, tem média de apenas dois chutes a gol por partida nesta Copa do Mundo</p>
Fred tem ficado isolado no ataque e, mesmo correndo muito em campo, tem média de apenas dois chutes a gol por partida nesta Copa do Mundo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Quatro jogos, 312 minutos disputados e apenas um gol marcado. A participação de Fred nesta Copa do Mundo definitivamente não vem sendo digna do que o torcedor brasileiro espera do centroavante. Os números pífios do jogador neste Mundial fazem a Seleção Brasileira ligar o sinal de alerta para uma possível mudança tática da equipe em campo na partida diante da Colômbia, pelas quartas de final, na próxima sexta-feira.

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A mudança simples dele por Jô não surtiu efeito prático em termos de gols, tanto no duelo contra o México na primeira fase como contra o Chile nas oitavas de final. Ao todo, a dupla esteve em campo em 390 minutos na competição, acertando juntos um total de apenas 12 chutes (9 de Fred e 3 de Jô), três a menos do que Neymar, na teoria um dos responsáveis por armar as jogadas para os centroavantes.

Uma explicação para esse desempenho abaixo do esperado pode estar exatamente passando por Neymar e Hulk. Quando o jogo está apertado, os dois optaram por diversas vezes por jogadas individuais e chutes diretos para o gol do que uma passagem de bola pelo homem de referência na área.

As estatísticas mostram que Fred já percorreu um total de 31 km em campo nas quatro partidas. Porém, se for analisar principalmente os dois jogos que o Brasil saiu sem vencer, ele ficou mais tempo preocupado em tentar dominar a bola em chutões vindos da zaga ou do goleiro Júlio César do que correndo com a bola no pé. Quando tinha a bola no pé, Fred mostrou até agora pouca efetividade nos passes por estar bem marcado e pela falta de companheiros próximos para lhe darem apoio, acertando apenas 39 em 63 tentados. Além disso, ele ainda sofreu cinco desarmes de rivais nesta Copa do Mundo.

Uma marca do jogador na Copa das Confederações que parece ter virado parte do passado também em 2014, tem sido a marcação sob pressão. O centroavante que desmontou a zaga espanhola na final em 2013, correndo atrás de Piqué e Sérgio Ramos, não tem um desarme feito durante esta Copa do Mundo.

<p>Em todas oportunidades em que entrou, Jô não conseguiu fazer muito a mais que Fred em campo</p>
Em todas oportunidades em que entrou, Jô não conseguiu fazer muito a mais que Fred em campo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A pouca efetividade dos jogadores de Fluminense e Atlético-MG fazem a torcida já se manifestar pedindo mudanças. Para isso, Felipão teria que abandonar o esquema que adota desde fevereiro de 2013 e partir para uma tentativa com um falso 9, que daria mais mobilidade à equipe e tiraria os zagueiros adversários do conforto de ficar marcando um jogador fixo na área.

Neymar está muito acostumado a fazer este tipo de função no Barcelona e não teria nenhum problema para a posição. A questão é a falta de treinamento do restante do grupo com este tipo de estratégia. Até agora, a Seleção só jogou nesse tipo de atuação nos amistosos contra Honduras e Chile, sendo que nas duas oportunidades quem fez a função de falso 9 foi Robinho, nem convocado entre os 23 para este Mundial.

Felipão terá mais uma semana de trabalhos para mostrar se apostará em tirar esta referência de área e surpreender os adversários ou manter sua confiança em uma mudança de postura de Fred ou Jô para a partida diante da Colômbia.

Fonte: Terra
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