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Muricy prevê unificação da base e três ou quatro reforços no Flamengo

20 dez 2015 - 13h03
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De volta a um clube de futebol após cerca de oito meses, período que passou longe de qualquer cargo para cuidar da saúde, Muricy Ramalho tem agora um projeto ambicioso para implantar no time de maior torcida do país. Vinculado ao Flamengo por dois anos, o treinador pretende padronizar uma filosofia de jogo desde a base do clube, além de projetar de três a quatro reforços para o time principal.

Além de tratar de “mais ou menos 20 pedras” na vesícula, como o próprio treinador contou em entrevista à TV Globo, e de uma diverticulite (inflamação nas paredes do estômago), o técnico aproveitou o período inativo para investir na qualificação. Por intermédio de Neymar, visitou o Barcelona e conheceu algumas instalações, trazendo ideias e modelos para aplicar no Brasil.

“A gente vai tentar desenvolver na base o projeto de explicar para treinadores e diretorias a busca por uma maneira de jogar, uma filosofia de jogar. Vamos unificar mesmo. O profissional, sub-15, o sub-8. Fui estudar fora para pegar um método, um modelo”, falou, comentando também sobre a convivência com Neymar. “O moleque tá mandando lá. Com esse problema do Messi ele chamou a responsabilidade e fez de tudo por lá. A convivência foi legal, fui jantar na casa dele. Só não andei na Ferrari dele”, acrescentou, observando que não gosta de velocidade.

Além de pensar dentro de campo, atrelado aos resultados, Muricy tem a consciência de que nenhum esforço é suficiente se a infraestrutura do clube não suporta o ritmo das atuações. “Vamos trabalhar essa parte da estrutura, mas precisamos ganhar também. Sem a estrutura, sem a tecnologia que existe hoje, não dá. Estamos identificando alguns jogadores. Não são muitos, mas têm que ser bons. Três ou quatro”, disse, apostando na finalização do centro de treinamento.

Muricy vem renovado não só em termos clínicos, nem apenas com relação à estrutura. Sua volta ao futebol em 2016 pode apresentar uma nova filosofia acerca do futebol. Acreditando que pode deixar um legado em seu trabalho no Flamengo, o técnico admitiu que cogita até abolir concentrações, mesmo após parte do elenco rubro-negro ser envolvido no episódio do ‘Bonde da Stella’ em 2015.

Ainda sob o comando de Oswaldo de Oliveira, um grupo de jogadores aproveitou a folga após o treino para se reunir em uma festa com direito a mulheres, cerveja e samba. Flagrados pela imprensa, todos foram afastados e tiveram seus contratos revistos. Muricy Ramalho, porém, acredita que concentração é coisa do passado.

“É uma coisa ultrapassada (a concentração). Tem que ser estudado. Tem que analisar, ver qual é o perfil do time. É uma vontade minha (a abolição), porque isso já não se usa mais. (O Flamengo) é um time que, além da histórica rica e da torcida, que é maravilhosa, precisa ter muita coisa mudada. É algo transparente que posso deixar alguma coisa, vai de encontro ao que eu penso”, comentou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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