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PM explica procedimentos após confronto com organizados corintianos

24 out 2016 - 17h05
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Após a nota divulgada pelo Corinthians criticando as ações dos policiais durante e após o confronto contra as torcidas organizadas do clube, o major Sílvio Luiz, do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), atendeu a imprensa nesta segunda-feira em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o comandante, todos os torcedores ficaram sem camisa, um ao lado do outro, nas arquibancadas do Maracanã para que a identificação daqueles que se envolveram na briga pudessem ser identificados. Destes, 31 ainda se encontram sob custódia da polícia do Rio de Janeiro e agora aguardam audiência para descobrirem se irão presos ou soltos.

"Através das imagens vimos que muitos torcedores estavam sem camisa na confusão. Muitos foram identificados por tatuagens. Todos os torcedores ficaram sem camisa para evitar que escondessem acessórios e outras coisas. A ação se mostrou eficiente, porque conseguimos reconhecer todos os torcedores envolvidos direta ou indiretamente na confusão. Todos os 42 torcedores foram detidos, em uma rua próxima a entrada do Corinthians, alguns torcedores estavam armados com paus e pedras, cometendo atos de violência com outros torcedores, até invadiram um condomínio. Por isso prendemos mais 25 do lado de fora. Todos foram conduzidos à Central de Garantias na Cidade da Polícia", disse o comandante, se referindo às 67 pessoas detidas.

A longa espera dos corintianos dentro do estádio após o fim da partida, segundo o major Sílvio Luiz, se deu por conta do grande público rubro-negro que foi ao Maracanã no último domingo. Com mais de 54 mil pessoas no estádio, os torcedores alvinegros tiveram de esperar a saída de todos os rubro-negros das proximidades do estádio, fato que, segundo a PM, demorou bastante. Encarando o episódio como uma medida padrão, o comandante do Gepe reforçou que crianças, mulheres e outros torcedores sem ligação com as organizadas alvinegras foram liberados assim que possível.

"A Polícia Militar atuou de forma técnica. Já é praxe mantermos a torcida do time visitante dentro do estádio enquanto ocorre o escoamento dos torcedores do clube local. É lógico que em um jogo com mais de 60 mil pessoas esse tempo de espera vai ser maior. Neste momento a Polícia Militar aproveitou para, através das imagens que foram colhidas, identificar os agressores ao policiamento e todos os envolvidos na confusão. As pessoas que não estavam na caravana, como mulheres e crianças, foram liberadas antes, como as imagens deixam claro. Trabalhamos para separar essas pessoas dos torcedores das caravanas da torcida organizada", esclareceu.

Por fim, o major Sílvio Luiz explicou o motivo pelo qual os policiais sofreram grandes danos por parte dos torcedores. Contado com um contingente menor que o normal nas arquibancadas do Maracanã, um dos soldados chegou a correr o risco de perder seu cassetete e acabou levando socos e pontapés, o que alertou para a falta de mais agentes na divisão entre flamenguistas e corintianos neste domingo.

"Estávamos com um efetivo de 230 homens, porém alguns haviam sido deslocados para as entradas, porque havia um grande número de torcedores tentando entrar com ingressos falsos. Alguns não tinham nem ingressos, mais de dois mil torcedores ficaram do lado de fora e tentam invadir o estádio várias vezes, tentando burlar o esquema de segurança. Acredito que houve excesso por parte dos torcedores, nem chamo de torcida, na verdade, é uma verdadeira gangue. Por isso, na hora que a confusão começou, havia uma quantidade menor de policiais dentro do Maracanã", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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