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Riascos critica dirigente, cita insatisfação, mas nega ofensa ao clube

22 jul 2016 - 20h23
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O atacante Riascos voltou a se defender em relação aos incidentes após a derrota do Cruzeiro, por 2 a 0, para o Fluminense, no último domingo, que culminaram em seu afastamento do clube mineiro. Em entrevista à rádio colombiana La Máxima, o centroavante voltou a salientar que não quis ofender ao clube celeste quando, ao final da partida, afirmou: "Não podem tirar minha felicidade para vir para jogar essa merda aqui".

Mantendo a mesma versão apresentada por ele nas redes sociais, o colombiano ressaltou que se referia à situação ruim do Cruzeiro no Brasileirão, o que foi mal compreendido pelo diretor de futebol celeste, Thiago Scuro, que, segundo o jogador. "fez a polêmica" ao afastá-lo. O atacante ainda salientou que havia pedido à diretoria cruzeirense sua permanência no Vasco, onde estava emprestado, o que foi negado pela cúpula celeste.

"Em nenhum momento disse que a equipe era uma merda, que a torcida era uma merda ou qualquer outra coisa. O que aconteceu é que um dirigente (Thiago Scuro) disse que eu estava me referindo mal ante à instituição. Ele que fez a polêmica. Eu disse que tiraram o momento a minha felicidade no Vasco, estava tendo uma boa temporada, acolheram minha família muito bem. Quando cheguei ao Cruzeiro (na primeira passagem), não me deram a oportunidade de jogar, de me mostrar, estava apenas treinando e ficava praticamente em casa. Então, quando me chamaram disse que não queria voltar. E aí aconteceu toda polêmica, disseram que me dariam nova oportunidade, mas no momento que cheguei me deixaram no banco, não me usaram, começaram os problemas de novo. E conversei para que eles me liberassem, porque assim não poderia ficar. E disse que eles me tiraram da minha felicidade, estamos vivendo uma situação complicada, para trazer a esta merda aqui (situação), pela situação que estávamos vivendo, nunca falei do clube, da torcida, de ninguém", disse o colombiano, que reforçou a insatisfação por seguir tendo poucas chances, mesmo após ser reintegrado.

"Obviamente, todo mundo sabe da história que tem o Cruzeiro, do Cruzeiro como instituição. A confusão foi feita pelo diretor. Mas, ao final, fui tranquilo porque eu não tenho nada contra o Cruzeiro. Mas já estava cheio, queria ir do clube porque não teria oportunidades. Já havia atacantes chegando, contrataram mais dois atacantes, somando cinco atacantes. E eu já estava no banco, porque me irritei. Por isso aconteceu o que aconteceu", acrescentou.

Após o episódio, a diretoria celeste confirmou que negocia a saída de Riascos do Cruzeiro. Como já atuou pelo clube mineiro e pelo Vasco nesta temporada, o jogador, segundo as regras da FIFA, só poderá se transferir para a equipe carioca neste ano.

"A possibilidade de estar no Vasco sempre houve. Eles queriam que eu continuasse e não fosse ao Cruzeiro, porque sempre me identifiquei com a torcida, mas eles ainda procuram um atacante. Eles querem que eu volte, porque tive uma boa relação com a torcida e com as pessoas do clube. Mas se isso não acontecer, há outras equipes que estão interessadas", comentou Riascos.

Nesta sexta-feira, a diretoria cruzeirense, por meio do vice-presidente de futebol Bruno Vicintin, voltou a lamentar as declarações de Riascos, destacando a falta de profissionalismo mostrada pelo atacante colombiano. Vicintin ainda salientou que o afastamento do jogador não foi uma decisão apenas do diretor de futebol Thiago Scuro.

"Sem dúvida é uma decepção. A gente espera profissionalismo dos jogadores. Ele foi investimento alto feito pelo clube. Fizemos de tudo para tentar recuperar esse investimento e esperamos profissionalismo de atletas. Evidentemente, isso não aconteceu. Nada foi feito na cabeça do Thiago, eu conversei com ele e dei autorização para afastar o jogador. Não tem muito o que falar. É triste, pois o Cruzeiro faz investimento e espera um retorno", afirmou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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