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Ceni diz que ato de Rodrigo Caio não muda caráter e defende Maicon

23 abr 2017 - 20h09
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Pela primeira, Rogério Ceni falou abertamente, sem poupar comentários, sobre a tão repercutida decisão de Rodrigo Caio em se acusar ao árbitro e, consequentemente, livrar Jô de um cartão amarelo na primeira semifinal contra o Corinthians, no Morumbi. Por causa do ato de honestidade do zagueiro, o atacante pôde atuar nesse domingo e ainda acabou marcando um gol polêmico, que ajudou a decretar a eliminação do Tricolor no Estadual e confirmou a presença dos alvinegros na grande decisão com a Ponte Preta.

De cara, Rogério Ceni deixou claro que não falaria sobre o que aconteceu no vestiário durante o intervalo do jogo em questão. Muitos boatos e informações de bastidores concluíram que o técnico são-paulino não só não teria gostado da atitude de Rodrigo Caio, como também teria repreendido o atleta frente aos seus companheiros. Em Itaquera, Ceni despistou e deixou claro que, na sua visão, o caráter do jogador não pode ser medido por uma atitude em campo.

"Zero repercussão (no vestiário). Nenhum jogador ficou contra, nenhum comentou nada. Assunto de vestiário é tratado no vestiário. As especulações que são levadas até a mídia, eu respeito, porque vocês estão aqui para extrair o máximo de informações. Mas, o Rodrigo Caio está com a consciência tranquila, porque fez a coisa certa. Na minha concepção, o Jô dá um tranco no Rodrigo Caio, e o Rodrigo só pisa no Renan por causa do tranco. O árbitro achou passível de amarelo, o Rodrigo discordou do árbitro. Mas, não acho que muda o caráter dele aquele lance. Com o cartão ou sem, ele continua sendo o mesmo jogador para mim", avisou Rogério Ceni, sem deixar de cutucar a forma como a imprensa agiu durante a semana.

"Honestamente, eu não vi o lance naquele momento, não vi porque o árbitro deu o cartão e porque tirou. Depois, no intervalo, me falaram. Eu acho que o árbitro está vendo. Às vezes acontece o gol impedido, o bandeira está ali para ver o impedimento, e não ergueu a bandeira. Se ele não ergueu, o jogador não vai correr para marcar. Existe uma linha muito tênue entre o fair play e a pessoa querer tirar proveito disso, dar notícia. Se falou mais disso durante a semana entre tantas coisas ruins. No Mineirão tivemos momentos em que não houve fair play e passou batido, ninguém falou nada. Adoro o Rodrigo, adoro o Maicon, são acima da média e não temos que crucificar ninguém, pelo contrário", continuou.

A citação de Maicon por parte do comandante tricolor se deve às diversas críticas que seu capitão sofreu depois de deixar claro, em entrevista coletiva no dia seguinte à derrota para o Corinthians, que teria uma atitude diferente a de Rodrigo Caio no mesmo lance.

"Estamos falando de um cartão amarelo, não tentem tratar isso como uma situação criminal, como assassinato. Por gentileza, que a declaração dele seja tratada no âmbito que aconteceu. Aí vão dizer se escolho a decisão do Maicon ou do Rodrigo, mas eu respeito a forma como cada um se sente. A grande virtude é saber conviver com pessoas de diferentes pensamentos com harmonia. O Rodrigo e o Maicon são extremamente amigos. Trataram o depoimento do Maicon como crime hediondo, mas estamos falando de um cartão amarelo", reforçou Ceni.

Independente de todo esse cenário, o ex-goleiro e maior ídolo do clube do Morumbi ressaltou que não viu qualquer ação por parte do adversário fora de contexto nesse domingo. Ao ser questionado se falou a mesma honestidade de Rodrigo Caio a Jô, que estava em posição irregular no início da jogada do gol corinthiano em Itaquera - o lance ainda gera polêmica por causa de um eventual toque na bola de Lucas Pratto, que tornaria o gol legal -, Rogério Ceni isentou o atacante rival de qualquer culpa.

"Como é que o jogador que fez o gol vai saber se estava impedido ou não? Depois, você não pode voltar do intervalo e mudar, tirar o gol. Isso não é falta de fair play, isso foi um erro de arbitragem, que está sujeito a acontecer. O que é do jogo é do jogo, bolas divididas, jogo pegado, campo rápido, mas hoje não vi em nenhum momento falta de fair play com o São Paulo", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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