Embaladas por vitórias, França e Suíça tentam se aproximar das oitavas
Co-líderes do grupo E da Copa do Mundo, França e a Suíça se enfrentarão nesta sexta-feira, às 16h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, no jogo em que o vencedor colocará um pé nas oitavas de final do torneio.
Quem chegar aos seis pontos no duelo europeu dependerá de um empate no jogo entre Honduras e Equador, ou que a seleção que derrotou na primeira rodada, leve a melhor no confronto entre latinos, que acontecerá no mesmo dia, às 19h (horário de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba.
Apesar de rivais na chave, França e Suíça também têm semelhanças dentro das quatro linhas. Ambas contam com muitos jogadores naturalizados ou que são descendentes de imigrantes. Recordista, a seleção vermelha contra com seis "reforços", como Shaqiri, que nasceu em Kosovo. Xhaka, Behrami, Fernandes, Mehmedi e Djourou completam a lista.
Entre os 'Bleus', apenas Evra não nasceu no país - é senegalês de origem. Se tornou comum, no entanto, ver a seleção francesa ser composta por nomes como o de Benzema, filho de argelinos, Pogba, que tem pais senegaleses, e Valbuena, de ascendência espanhola, entre outros.
Além de serem "multiétnicas", as seleções tem outra a marca: a de não cumprirem as expectativas. Em 2010, ambas foram eliminadas na primeira fase. Os franceses decepcionaram, já que eram os vice-campeões mundiais, enquanto os suíços caíram depois de ter vencido na estreia a Espanha, futura campeã mundial.
Com o corte de Franck Ribery às vésperas da competição, quem está vem fazendo diferença para a França é o centroavante Karim Benzema. Autor de dois gols contra Honduras, o atacante já quebrou um "tabu" logo na estreia. Desde 1998, um francês não balançava as redes duas vezes em uma partida pelo Mundial.
O último a completar a façanha foi Zinedine Zidane, em 1998, na final vencida sobre o Brasil por 3 a 0, que garantiu aos 'Bleus' o único título mundial de sua história.
Para o confronto desta sexta-feira, a principal dúvida do técnico Didier Deschamps é quanto ao estado físico do meia Yohan Cabaye, que sentiu dores na virilha na partida de estreia contra Honduras e acabou poupado do último treino da equipe.
De acordo com o departamento médico da delegação francesa, o jogador precisou se ausentar das atividades, mas está em boas condições. Caso não se recupere a tempo, Rio Mavuba deverá ser o substituto contra os suíços.
A Suíça, por sua vez, "joga pelo técnico", já que o alemão Ottmar Hitzfeld anunciou que vai se despedir do futebol quando encerrar sua participação na Copa. O grande objetivo é ir além das oitavas de final, fase que a seleção chegou em 2006, quando ficou 559 minutos sem sofrer gols.
Com uma zaga sólida e liderados pelo meia Shaqiri, do Bayern de Munique, na frente, a Suíça mostrou resistência e vontade de vencer ao bater o Equador na primeira partida desta edição do torneio, com direito ao gol do triunfo no último minuto.
A tendência é que o time comandado seja parecido com o que estreou com o pé direito no torneio. Seferovic, que entrou no lugar do jovem atacante Drmic durante o primeiro jogo, deve começar como titular desta vez. Na zaga, Djourou deve ceder a vaga para Schar. Apesar das mudanças, o esquema tático permanecerá o mesmo.
Prováveis escalações.
Suíça: Benaglio; Lichtsteiner, Schar, Von Bergen e Rodríguez; Behrami, Inler, Shaqiri, Xhaka e Stocker; Seferovic. Técnico: Ottmar Hitzfeld.
França: Lloris; Debuchy, Varane, Sakho e Evra; Pogba, Cabaye (ou Mavuba), Matuidi e Valbuena; Benzema e Griezmann. Técnico: Didier Deschamps.
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL) auxiliado pelos compatriotas Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.
Estádio: Arena Fonte Nova, em Salvador.
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