PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Terra na Copa

Encerramento da Copa quer sacudir consciência social do povo

12 jul 2014 - 12h44
(atualizado às 12h48)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte participaram da cerimônia de abertura da Copa do Mundo</p>
Jennifer Lopez, Pitbull e Claudia Leitte participaram da cerimônia de abertura da Copa do Mundo
Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

Se a festa de abertura não encheu os olhos de ninguém, o encerramento da Copa do Mundo promete ser bem diferente. Uma mistura bem latina promete fazer o povo se sacudir “como o cachorro se sacode quando toma banho”. A definição é do instrumentista mexicano Carlos Santana que vai se apresentar ao lado da colombiana Shakira, do haitiano Wyclef Jean e dos brasileiros Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e Alexandre Pires. “Vai ser música para você lembrar algo que está esquecido dentro de você”, prometeu Santana.

Quer acompanhar as notícias e jogos da sua seleção? Baixe nosso app. #TerraFutebol

O show vai começar às 14h20 e vai ter duração de apenas 18 minutos. Shakira e Carlinhos Brown abrem a festa com Dare, seguidos de Wycleaf Jean, Alexandre Pires e Santana cantando Dar um Jeito e encerrando com um pout-pourri de samba com Brown, Alexandre Pires e Ivete Sangalo. “Vamos falar dos objetivos que alcançamos com esse Mundial e de tudo de bom que virá para o país no futuro, depois que a Copa acabar”, lembrou Ivete. Shakira diz que se sente em casa e que o português é sua segunda língua. “E foi o público que me trouxe aqui”, disse.

Para Wyclef é importante sempre usar o futebol para chegar nas periferias, nas favelas e lembrou de quando o Brasil foi ao Haiti jogar um amistoso pela paz. “A pobreza não pode ser desculpa para nada”, disse, lembrando que nasceu na favela e lutou para ser o que é hoje. Brown falou ainda que o Brasil nessa Copa redescobriu o amor pelo país que estava escondido. “Representamos aqui a cultura da miscigenação e estamos mostrando ao mundo nosso caráter. Aqui é o país onde Israel e Palestina vivem em paz”, disse. “O mundo fala das favelas como um mundo perdido e não é assim”.

Santana, Wycleaf e Brown ressaltaram que a música do encerramento retrata as raízes de um Brasil e de uma América bem africana. “Os ritmos brasileiros vêm da África e fico muito grato porque fizeram uma evolução do som orubá, da macumba, do candomblé e levaram isso adiante. Os ritmos africanos têm o poder da alegria”, disse Santana citando a luta de Nelson Mandela e Desmond Tutu contra o aparteid. “Hoje temos que lutar contra a violência contra a mulher, violência contra as crianças, os idosos".

Os artistas falaram até sobre o tão contestado legado da Copa. Alexandre Pires disse que é preciso que os políticos aproveitem a alegria que contagiou o país na Copa para fazer coisas positivas. “E nossa resposta não precisa ter que ser no voto”, afirmou. Para Ivete, o Brasil não vai acordar diferente na segunda-feira após a final. “A transformação vem de quando você percebe o quanto o seu lugar é importante. É a consciência de que a torcida pelo país pelo esporte seja também consciência política e social. É não querer levar vantagem, passar na frente, furar a fila, não jogar lixo no chão. Por aí passa o futuro. Essas pequenas consciências são gigantescas no fim. É questão de educação”, afirmou. 

Veja os gols em 3D da Copa Veja os gols em 3D da Copa

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade