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Técnico da Argélia se enfurece e pede fim de polêmica Ramadã

29 jun 2014 - 19h36
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Vahid Halilhodzic afirmou que sente "nojo" de críticas e pediu fim de perguntas sobre o jejum do Ramadã
Foto: Getty Images

O Ramadã, mês sagrado da religião islâmica que exige jejum diário entre o nascer e o pôr do sol, começou oficialmente neste domingo, 29 de junho. Mas se depender do técnico da Argélia, o bósnio Vahid Halilhodzic, nenhuma pergunta sobre o tema será feita daqui em diante. O treinador, que também é muçulmano, se enfureceu ao ser questionado sobre o assunto na véspera do confronto contra a Alemanha, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, e criticou o interesse por saber se os atletas seguirão o jejum.

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"Com relação ao Ramadã, é agora. Já começou. Eu li em alguns jornais da Argélia críticas a mim, à minha imagem, à minha honra. Eles estão tentando criar ódio contra a minha pessoa e a minha família, e isso é horrível. Tenho nojo deste tipo de comportamento. Não é a primeira vez que tenho jogadores muçulmanos na minha seleção, eu também sou muçulmano e dou total liberdade a eles. É uma questão totalmente pessoal. Essa pergunta mostra total falta de respeito e ética. É uma questão privada, tem a ver com a liberdade de expressão do ser humano", disparou Halilhodzic.

O bósnio também ameaçou deixar a entrevista caso o assunto voltasse à tona. "Eu gostaria que essa polêmica parasse por aqui, por favor. Vamos falar de futebol. Aqui no Brasil, neste país do futebol, vocês devem falar apenas de futebol. As pessoas que continuam criticando nosso time e as minhas ações não têm ética. Isso é uma vergonha, mas vou continuar trabalhando. Eu quero continuar, quero ganhar, e sinto muito por ver que continuam criticando minhas ações. Parem de me perguntar sobre Ramadã, ou vou levantar e vou embora".

A polêmica em torno do Ramadã para jogadores muçulmanos da Copa já vem há algumas semanas. Os atletas argelinos, por exemplo, foram expressamente proibidos de falar sobre o tema, e não se sabe que impacto o jejum terá na preparação da seleção. "Se vamos observar o Ramadã ou não, não temos nada a dizer a respeito. É algo para os dirigentes discutirem e não para nós", disse, também neste domingo, o zagueiro Rafik Halliche.

Se para os atletas o tema é tabu, no próprio Beira-Rio já há cuidados especiais para o tema. Um dos voluntários, que é de ascendência árabe, disponibilizou a jornalistas muçulmanos folhetos com informações sobre restaurantes abertos após as 21h em Porto Alegre para que eles possam quebrar o jejum, bem como as horas das orações diárias convertidas para horário local. O Ramadã de 2014 se encerra em 28 de julho, duas semanas após a final da Copa no Maracanã.

Fonte: Terra
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