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Copa América

Decepção, Colômbia sai destruída por lesões e falta de ritmo

27 jun 2015 - 15h47
(atualizado às 15h48)
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Ainda pode ser cedo para cravar, mas o "título" de decepção da Copa América 2015 provavelmente ficará com a seleção da Colômbia. Após ter sido a sensação da Copa do Mundo do ano passado, em que deu espetáculo até cair diante do Brasil em jogo duro nas quartas de final, o time comandado por José Pekerman ficou bem longe de repetir as belas atuações no torneio continental. E desfalques e falta de ritmo foram alguns dos fatores fundamentais para isso.

Para o jogo contra a Argentina que culminou com a eliminação nos pênaltis, Pekerman estava sem suas quatro primeiras opções de volantes: Guarín e Aguilar nem foram convocados por lesão, enquanto Valencia também se machucou gravemente no decorrer da competição. Já Sánchez – destaque na única vitória da equipe, diante do Brasil – estava suspenso. Resultado: meias ofensivos como James Rodríguez e Cardona tiveram que atuar na posição ao lado de Mejía.

Artilheiro da Copa de 2014, James foi mal na Copa América e jogou até de volante contra Argentina
Artilheiro da Copa de 2014, James foi mal na Copa América e jogou até de volante contra Argentina
Foto: Ricardo Mazalan / AP

"Lamento muito as lesões e as suspensões, porque perdemos jogadores importantes, jogadores-chave em posições que são sumamente necessárias", disse Pekerman. "Fizemos o possível para buscar a maneira de compensá-las, mas isso é futebol. Realmente não conseguimos o objetivo, mas isso não muda, foi uma ótima experiência para a Colômbia".

Outro problema que afetou a Colômbia foi o baixo rendimento individual de suas estrelas. O badalado ataque da seleção saiu sem marcar um mísero gol em quatro jogos – a única bola na rede foi do zagueiro Murillo, contra o Brasil. Destaques como Cuadrado e Falcao tiveram temporadas irregulares por Chelsea e Manchester United, respectivamente, e ficaram bem abaixo do esperado. E James, artilheiro da Copa de 2014, não conseguiu brilhar sozinho.

Colômbia foi amplamente dominada pela Argentina e contou com milagres de Ospina para não ser goleada
Colômbia foi amplamente dominada pela Argentina e contou com milagres de Ospina para não ser goleada
Foto: Rodrigo Garrido / Reuters

Até Tata Martino avaliou a má participação do rival. "A Colômbia chegou à Copa do Mundo com futebolistas em estado de forma muito melhor que nesta Copa América. Não só por lesões e suspensões, mas houve jogadores sem ritmo que agora vêm jogar, tudo isso no fim de uma temporada... vai ter algum tipo de consequência. Acho que tem que se analisar por aí, não pelo nível coletivo", disse o treinador da Argentina.

De fato, a Colômbia não foi melhor que o adversário em quase nenhum jogo da Copa América. Estreou com uma péssima atuação e derrota por 1 a 0 para a Venezuela; depois, em seu melhor jogo, controlou o Brasil na defesa e ganhou pelo placar mínimo; fechou a primeira fase com um empate sem gols e sem criatividade diante do Peru; e foi totalmente dominada pela Argentina nas quartas de final. Só a atuação brilhante do goleiro Ospina salvou o time de uma goleada.

Para Pekerman, a Colômbia ainda é uma seleção em formação. "Depois da Copa, talvez alguns acreditaram que sempre íamos continuar ganhando, isso não está bem. Tem que seguir com a mesma vontade, trabalhando. Nós sempre advertimos que somos um time em crescimento, há renovação, mudanças, um caminho a percorrer. Não é de um dia para o outro. Jogamos contra o vice-campeão do mundo. Mas sabemos o que queremos para o futuro", afirmou o técnico, que é idolatrado no país por devolver a seleção ao protagonismo mundial.

Uma ótima Copa do Mundo, uma sofrível Copa América. Essa irregularidade costuma ser típica de equipes ainda em desenvolvimento, como apontou Pekerman. Mas com a atual geração colombiana já vendo vários de seus principais jogadores perto da casa dos 30 anos, pode não haver tanto tempo assim para que o time amadureça e, como é o sonho de seus torcedores, seja capaz de competir de igual para igual com as principais seleções do mundo.

 

Fonte: Terra
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