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Terra na Copa

"Ainda estão aprendendo", diz casal britânico sobre retirada de ingressos

16 jun 2013 - 13h16
(atualizado às 17h41)
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<p>Retirada de ingressos tem dado trabalho aos torcedores</p>
Retirada de ingressos tem dado trabalho aos torcedores
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O casal britânico Gary e Bernadette Hayes diz ter enfrentado na sexta-feira uma maratona para chegar ao centro de compra e retirada de ingressos da Fifa, no Shopping Recife, no sul da capital pernambucana. Eles, que ainda estavam com as malas, vieram do aeroporto diretamente para o local.

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Neste domingo, Recife sedia uma das duas partidas do segundo dia da Copa das Confederações. O jogo, entre Espanha e Uruguai, acontece na Arena Pernambuco, às 19h (horário de Brasília). Gary e Bernadette tinham prioridade por serem idosos e, por isso, conseguiram passar adiante nas duas filas destinadas aos pagantes -- a maior delas, dentro do estacionamento.

Manifestações atingem centro de ingressos da FIFA no Rio:

Mesmo assim, eles, que trabalham como consultores e vivem em Londres, reclamaram do cansaço e do calor. "Foi o que foi, ainda bem que já terminou", disse Gary sobre como a experiência.

"Eu só não entendo porque é preciso pegar os ingressos ao invés de imprimi-los. Não faz sentido, se você já os comprou pela internet. Se tem que ir retirá-los, sempre vai ser um caos." "Ainda estamos a um ano da Copa, então eles estão aprendendo", disse Bernadette. Ela afirmou ainda que os voluntários foram prestativos e "orientaram o casal sobre o processo."

Quesito organização

Mas quem não tinha preferência reclamava da espera de pelo menos uma hora e meia para conseguir retirar os ingressos um dia antes do jogo entre Espanha e Uruguai.

<p>Torcedores enfrentaram filas para retirada de ingressos em quase todas as cidades</p>
Torcedores enfrentaram filas para retirada de ingressos em quase todas as cidades
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra

"Comprei os ingressos logo que começaram as vendas pela internet, mas não consegui buscar antes. Não sabia que estaria essa confusão aqui", disse o funcionário público Igor Souza, de 22 anos, à BBC Brasil. "Eles deveriam disponibilizar mais espaços, não só um shopping. E os funcionários não estão bem preparados para informar."

Nas duas filas antes da entrada no espaço onde se localizavam os guichês, pessoas discutiam com os voluntários sobre a falta de organização da entrada e sobre as prioridades para idosos e deficientes físicos. A expressão "Imagina na Copa" foi ouvida algumas vezes pela reportagem da BBC Brasil entre grupos que conversavam na fila.

O engenheiro paraibano José Ivaldo, de 48 anos, que chegou a Recife na semana retrasada, já havia desistido de buscar seus ingressos após uma espera de duas horas. Mas, ouvido pela reportagem da BBC Brasil na sexta-feira, ele disse que iria até o fim. "Comprei pela internet com prioridade e sem problemas, mas chego aqui e tenho esse desgaste. Isso anula todas as facilidades, todas as vantagens da internet desaparecem aqui".

Localização

Na sexta-feira, a fila começou às sete da manhã e às 15h, ainda permanecia longa. As reclamações continuavam também depois da retirada de ingressos -- dessa vez, por causa da localização dos assentos.

"Eu comprei a categoria 2, a segunda mais cara. Achei que ficaria no anel inferior, no centro do campo, mas fiquei no anel superior, na lateral. Um amigo comprou a mesma categoria que eu e ficou nos camarotes. Para (o jogo entre) Itália e Japão eu comprei a categoria mais barata e fiquei mais perto do campo. Não faz sentido", disse o engenheiro de software Anderson Perrelli, de 29 anos, à BBC Brasil.

Casais e famílias também diziam ter sido separados pela marcação automática dos assentos da Arena. O volume de reclamações fez com que a OAB de Pernambuco entrasse com uma representação contra a Fifa junto ao Procon estadual.

Jérôme Valcke: "Venda de ingressos é um sucesso":

"É uma fase de testes e só nos prova que estamos mal no quesito organização. Fui ao jogo do Náutico (evento-teste da Arena Pernambuco) e foi uma loucura lá. Demoramos uma hora para chegar de metrô e esperamos uma hora e meia para pegar o ônibus da volta", disse Igor Souza.

Bloqueio

A britânica Bernadette Hayes, que vestia uma camisa da Olimpíada de Londres 2012, disse que a experiência de participar dos Jogos foi "fantástica" e que o casal quis aproveitar a Copa das Confederações para conhecer o Brasil. Eles assistirão às três partidas em Recife e depois seguirão para João Pessoa, na Paraíba.

<p>Filas têm causado irritação</p>
Filas têm causado irritação
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Hospedados em Olinda, Bernadette e Gary disseram não saber como chegariam à Arena Pernambuco, que se localiza no município de São Lourenço da Mata, a 22 km de Recife, para o jogo deste domingo. "Acho que vamos pegar um táxi, porque senão teremos que vir até Recife para pegar o metrô".

Táxis e carros particulares não credenciados, no entanto, só podem se aproximar até um raio de três quilômetros do estádio, por determinação da FIFA. Os organizadores recomendam somente o uso do transporte público.

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