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Copa do Brasil

Marco Aurélio não vê crise no Morumbi e pede afastamento de "cansados"

26 ago 2016 - 15h02
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Conselheiro do São Paulo e coordenador da Seleção Brasileira feminina de futebol na CBF, Marco Aurélio Cunha acompanhou o treino comandado por Ricardo Gomes na manhã desta sexta-feira, no CCT da Barra Funda. Durante as atividades, conversou com os jogadores e comissão técnica com o intuito de prestar apoio a todos durante a má fase pela qual a equipe passa na temporada.

Após assistir à entrevista coletiva do capitão e zagueiro Maicon, o ex-diretor do clube atendeu os jornalistas na sala de imprensa, a quem rejeitou o rótulo de crise no Tricolor, que ocupa 11º lugar no Campeonato Brasileiro, com 27 pontos, apenas quatro a mais que o Vitória, primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Também pediu para que os jogadores "cansados" sejam afastados para tirar o São Paulo da "fase incômoda".

"Não acho que o São Paulo esteja numa crise horrorosa como se falam, estamos num mau momento. Até porque estamos em 11º lugar na tabela - é ruim pro São Paulo -,mas isso não significa que é o caos", argumentou o ex-dirigente, que ajudou o Tricolor a conquistar a Copa Libertadores de 2005 e o tricampeonato brasileiro entre 2006 e 2008.

"O São Paulo está numa situação incômoda. Essa é a palavra. E nós temos que sair dela o mais rápido possível, com os jogadores tendo atitude, reconhecendo seus erros, a comissão técnica exigindo dentro do normal, a diretoria fazendo a cobrança, que eu soube que já fez, e o jogador respondendo", reforçou, referindo-se à reunião entre jogadores e diretoria na última quinta-feira, dia seguinte à derrota por 2 a 1 para o Juventude, em pleno Morumbi, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Ciente da dificuldade em reverter o placar em Caxias do Sul, Marco Aurélio Cunha insistiu em minimizar o mau momento tricolor e ainda destacou que "tirar os cansados" do elenco são-paulino é essencial para resgatar as fases de glória do clube.

"Quem quer colocar uma crise maior aqui está errado. Não tem, não é essa crise que estão falando. O São Paulo está em 11º lugar, com um monte de gente atrás, vive um momento de desconforto na tabela. Copa do Brasil, pode ser que já tenha até ido. Temos que trabalhar nesse ano, tirar os cansados daqui e começar a fazer um trabalho novo pro ano que vem, com grande força pra gente voltar a ser o que a gente sempre foi", ressaltou, explicando o termo "cansados" em seguida.

"É o cara que talvez não tenha a vontade de fazer o esforço maior. Futebol hoje é coletivo. Não dá pra ninguém resolver o futebol sozinho. Futebol é marcação dupla, tripla, é ficar atrás da linha da bola, fazer a diminuição dos espaços.  O jogador que acha que joga com a bola no pé, que vai resolver o jogo, faz um jogo bom e três ruins", explicou.

"Esse jogador não está mais ligado ao futebol moderno, que é todo mundo atacar, defender, fechar os espaços, não dar chance ao adversário, fazer marcações sucessivas, então não dá mais pra ser um jogo lento, que a bola demora pra chegar no ataque e que demora pra recompor. Não dá mais pra ser só qualificado tecnicamente, tem que se comprometer com a parte tática do jogo", completou.

Por fim, Cunha explicou sua aparição surpresa no CT e respaldou o trabalho do técnico Ricardo Gomes à frente do São Paulo. "Minha vinda é assim: nós temos que ter um ar melhor aqui. Temos de nos ajudar mais. Eu vejo um time tentando resolver tudo individualmente. E nada na conta do Ricardo Gomes, que acabou de chegar, empatou um jogo fora e perdeu um jogo que o São Paulo adora perder, no Morumbi à noite, quarta-feira, contra adversários menos categorizados", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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