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Após cinco temporadas, zagueiro Rafael Lima deixa Chapecoense

23 dez 2016 - 16h24
(atualizado às 16h24)
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Um dos poucos integrantes do elenco à disposição da Chapecoense após o acidente aéreo sofrido pela delegação a caminho de Medellín não renovou seu contrato para a próxima temporada. O zagueiro Rafael Lima, cortado da viagem por opção do técnico Caio Júnior, deixará o clube após cinco temporadas.

Formado nas categorias de base do Figueirense, o atleta defendeu Atlético Sorocaba, Ceará, Hercílio Luz e Al Sharjah, dos Emirados Árabes, antes de acertar com a Chapecoense para a disputa da edição de 2012 da Série C do Campeonato Brasileiro.

Com dois acessos consecutivos e um título estadual, a equipe catarinense alcançou a elite do futebol brasileiro. Cortado da delegação que viajou para disputar a decisão da Copa Sul-Americana, Rafael Lima encerra sua passagem pelo clube com um total de 206 partidas disputadas.

Leia carta aberta publicada por Rafael Lima:

"Essa semana chegou ao fim uma relação que, além de vitoriosa, ficará marcada para sempre na minha vida. Difícil falar da Chapecoense, um clube que me acolheu tão bem no momento mais difícil da minha carreira. Quando estava pensando em desistir do futebol, recebi um telefonema e acertei minha ida para Chapecó para disputar a Série C do Campeonato Brasileiro em 2012. Com uma gestão diferenciada, a Chape foi subindo degrau por degrau até se tornar um dos clubes mais queridos do país.

Infelizmente, neste final de ano tivemos que conviver com uma tragédia que acabou fazendo com quem as pessoas refletissem mais sobre suas vidas. Nos separamos momentaneamente de pessoas do bem, pais de família fantásticos e profissionais exemplares. Como todos já falaram, a Chape não era apenas um time de futebol, e sim, uma família que vivia em plena harmonia, compartilhando alegrias e tristezas. São guerreiros que o mundo reverenciará pelo resto da vida.

Só tenho a agradecer ao povo de Chapecó, que sempre me tratou com muito respeito, a diretoria e funcionários, em especial ao João Carlos Maringá e ao ex-treinador Gilmar Dal Pozzo, que apostaram em mim e deram a oportunidade de mostrar o meu futebol, a todos os amigos que deixo na cidade, mas que levarei comigo no meu coração, e a todos os atletas que estiveram do meu lado durante esses cinco anos e ajudaram o clube a alcançar todos os nossos objetivos.

Independente do caminho que vou seguir, estarei sempre na torcida para que a Chapecoense continue escrevendo essa bonita história, com muita seriedade e profissionalismo e que hoje serve de modelo para clubes que possuem o sonho e a ambição de chegar na elite do futebol brasileiro e agora também mundial.

Muito obrigado! #ForçaChape"

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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