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Autoridades fazem logística para velório coletivo, mas não definem data

30 nov 2016 - 19h05
(atualizado às 19h05)
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Em meio à consternação pelo acidente aéreo que causou a morte de 71 pessoas na madrugada da última terça-feira, sendo grande parte da delegação da Chapecoense, as autoridades de Chapecó já planejam a logística de como será feito o encaminhamento dos corpos após a chegada em Santa Catarina e a cerimônia fúnebre dos atletas e profissionais de diversas áreas que perderam suas vidas na tragédias.

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Primeiramente, deixou-se claro que não é possível prever em qual dia esta cerimônia será realizada, já que grande parte dos corpos ainda precisam ser identificados e, só após este processo, poderão ser liberados para voltar ao Brasil.

"Neste momento ainda estamos em fase de identificação dos corpos. Então não temos como afirmar para toda a imprensa em que data os corpos serão liberados para virem ao Brasil. A identificação está sendo facilitada pelo fato de não ter tido incêndio. Nosso sistema de identificação digital que tínhamos dos jogadores aqui em Chapecó também está facilitando. Enviamos seis médicos do clube para ajudar na identificação. Está sendo facilitada, mas não temos uma data exata para saber quando os corpos serão liberados", explicou Gelson Dalla Costa, 1º vice-presidente do Conselho Deliberativo.

Apesar de não ser possível prever a data do velório, que contará com diversas homenagens aos atletas, a logística para a locomoção dos corpos e a preparação da cerimônia já estão sendo feitos. Com muitas obrigações, Gelson Dalla Costa admite que deixa o planejamento nas mãos das autoridades estaduais. "Procuramos distribuir as atividades para alguns setores. Como este episódio nos pegou de surpresa, será o Estado de Santa Catarina quem irá preparar toda a cerimônia", declarou.

Na tarde desta quarta-feira, as autoridades locais fizeram um simulado de como acontecerá a locomoção dos corpos. Carlos Alexandre Mello, integrante da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina e coordenador da operação explicou, em entrevista coletiva, como será o processo desde o aeroporto. "Fizemos um simulado hoje na parte da tarde da seguinte forma: chegando a aeronave receberemos os corpos que serão recepcionados por três ou quatro caminhões. Virá um batedor da PM (para guiar os caminhões) e a Policia Rodoviária fará também o acompanhamento, que levará ao estádio da Chapecoense", declarou.

A expectativa de duração do trajeto na simulação da tarde desta quarta-feira foi de 45 minutos. No entanto, no momento efetivo da chegada dos corpos pode aumentar. "O simulado que fizemos durou cerca de 45 minutos. No dia, porém, este trajeto poderá dobrar. As urnas chegarão nos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) e depois serão direcionadas às carretas. Todos os locais serão interditados para uma melhor locomoção", explicou o tenente-coronel Balsan, do Corpo de Bombeiros.

Já na Arena Condá, o planejamento é que os caixões com os corpos dos jogadores sejam colocados nos gramados e permaneçam por algumas horas para os torcedores prestarem homenagens. Para isso, a diretoria da Chapecoense espera a autorização dos familiares. "Estamos pegando autorizações das famílias dos jogadores de todo o Brasil para fazer o velório aqui (em Chapecó). Será um velório de algumas horas e depois estes corpos serão liberados para irem para a região de origem dos atletas", afirmou Gelson Dalla Costa.

Andrei Copetti, porta-voz da coletiva das autoridades catarinense, reiterou como será feita a cerimônia no gramado e avaliou a expectativa de público na Arena Condá para prestar uma última homenagem aos jogadores.

"Será no gramado e tomaremos as precauções para proteger. Mas a intenção é que os torcedores possam passar muito próximos para se despedirem dos ídolos", afirmou. "A previsão de cerca de 100 mil pessoas", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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