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Terra na Copa

Atleta, vice de Maluf e governador: conheça o novo presidente da CBF

12 mar 2012 - 12h45
(atualizado às 17h24)
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Ricardo Teixeira renunciou da presidência da Confederação Brasileira de Futebol depois de 23 anos de poder nesta segunda-feira. Mas quem é o homem que ocupará o principal cargo do futebol brasileiro agora? Dirigente da "velha guarda", José Maria Marin completa 80 anos em maio e tem história extensa nos cenários esportivo e político do País. Porém, só voltou aos holofotes em 2012, depois de muito tempo, por um episódio pitoresco: embolsou uma das medalhas da Copa São Paulo, deixando um dos campeões do Corinthians, inicialmente, sem prêmio.

» Relembre a trajetória de Ricardo Teixeira na CBF

O "caso da medalha" foi imediatamente explicado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Segundo a entidade, o objeto já estava prometido para o dirigente como um presente de Marco Polo Del Nero, presidente da FPF e "padrinho" do colega na CBF. Muitos passaram a conhecer o nome de Marin a partir de então, sem saber até que ele chegou a governar o Estado de São Paulo na década de 1980.

José Maria Marin nasceu em 6 de maio de 1932, na capital paulista, filho de Joaquín Marin y Umañes, que foi boxeador e ajudou a disseminar o esporte no Brasil. A veia de atleta pareceu ter sido herdada do pai, e o jovem Marin foi jogador de futebol, chegando a defender o São Paulo entre 1950 e 1952. Ponta esquerda, não obteve êxito dentro dos gramados, mas a passagem pelo clube ajudou a custear seus estudos: se formou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1955.

A carreira política começou nos anos 1960, quando foi vereador em sua cidade natal pelo Partido de Representação Popular (PRP), fundado pelo integralista Plínio Salgado. Em 1969, chegou a presidir a Câmara de Vereadores de São Paulo, e na década seguinte conseguiu se eleger deputado estadual pelo Arena, o partido da ditadura militar.

O auge da carreira política veio em 1982. Três anos antes, Marin havia se tornado o vice-governador do Estado de São Paulo, na chapa de Paulo Maluf. Quando Maluf deixou o cargo para se candidatar a deputado federal, Marin assumiu como governador, ocupando a posição até 1983. O político, a essa altura, já era também dirigente esportivo: presidente da Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988, ele chegou a ser chefe de delegação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México.

Nos anos seguintes, o advogado e ex-jogador do São Paulo não teve tanto sucesso nas urnas. Coordenou a campanha vitoriosa de Jânio Quadros à prefeitura paulistana em 1985, mas amargou fracassos em eleições posteriores - como a marca de 0,18% dos votos válidos quando tentou ser prefeito, em 2000 - e se tornou figura mais periférica no cenário político. Atualmente filiado ao PTB, Marin ingressou na CBF por indicação de Marco Polo Del Nero para ser o vice-presidente da Região Sudeste.

A primeira "volta à fama" em 2012 aconteceu em janeiro, com o episódio da premiação do Corinthians. Mas agora, o nome de Marin retorna às manchetes graças à decisão de Ricardo Teixeira de renunciar à presidência da entidade, alegando problemas de saúde. Depois de enfrentar críticas por ter guardado no bolso uma medalha e superar a resistência de várias federações que não o queriam na presidência da CBF - como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais - o dirigente de 79 anos, enfim, está de novo em evidência.

Com escorregões, Marin anuncia renúncia de R. Teixeira:
Fonte: Terra
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