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Terra na Copa

Pelé lembra abraço do rei e histórias da Copa de 1958; veja frases

15 ago 2012 - 13h23
(atualizado às 13h35)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Estocolmo (Suécia)

O Brasil se despede nesta quarta-feira de um palco que faz parte de sua primeira grande vitória no futebol. O amistoso contra a Suécia marcará o último entre seleções no Estádio Rasunda, local onde o País garantiu sua primeira Copa do Mundo, em 1958. A construção será demolida no próximo ano, mas as recordações continuarão na memória de quem presenciou o momento histórico.

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Pelé, Mazzola, Pepe e Zito estão em Estocolmo para as devidas homenagens e aproveitaram a última visita para compartilharem suas lembranças do estádio e do jogo que terminou com vitória brasileira por 5 a 2. Do abraço entre o Rei da Suécia Gustav e o Rei do Futebol Pelé ao choro desesperado de um dirigente brasileiro com medo de nova derrota em final, o Rasunda guarda histórias que jamais serão apagadas.

Veja depoimentos

Pelé

"O que traz mais para a mente da gente é que continua viva a proteção pelo nosso Brasil. O Brasil começou aqui. Ninguém conhecia o Brasil antes. O nome na bandeira estava errado. O Zagallo pediu para trocar, ninguém sabia. Tudo começou aqui".

"Lembro-me de tudo, não me esqueço de nada. Queria saber da minha família, do meu pai em Bauru. Queríamos saber se ele estava sabendo que estávamos na final depois que ganhamos a semi. A gente não podia falar. Hoje o jogador faz um coração e manda um beijinho e todo mundo vê. Antes não sabíamos nem se a família estava sabendo".

"Alguma vez um rei desceu para cumprimentar vocês? O Rei Gustav desceu da cadeira e foi lá campo me cumprimentar. Eu tenho essa prova porque tenho essa foto. É muito bom estar aqui".

Zito

"Me lembro do ônibus chegando e de nós indo para o vestiário. E aconteceu o que tinha que acontecer. Estávamos tranquilos. Era um jogo difícil, mas estávamos bem treinadinhos. Foi uma ideia linda poder voltar aqui e rememorar a coisa linda que foi".

"Igual a 1958 não vai ter não. Foi um time que mostrou um futebol lindo, surgiu grande craques e um como o Pelé, que só vai nascer igual daqui a muito anos. O começo deles não nos assustou. Minha função era cutucar eles e fazer gols. O Pelé estava no auge e fantástico, e nós sabíamos o quer iria acontecer. A gente tinha uma orientação de como jogar, com tranquilidade".

"Não fazia no treino (o chapéu que Pelé aplicou em um dos gols), porque levaria pontapé. Depois ele cansou de fazer isso. Ele nasceu aqui para o mundo".

Mazzola

"Estava sentado no banco quando um dos dirigente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) começou a chorar porque ele se lembrava de 1950 (derrota para o Uruguai na partida decisiva). Nós também tínhamos essa preocupação, mas depois o resultado foi tudo bem. Fui um dos únicos a dar volta olímpica. Tinha 19 anos, dois a mais que o Pelé".

"Estava tranquilo, porque o time estava jogando muito bem. Saímos desacreditados. No Brasil até a semifinal ninguém acreditava. Tinha muitas críticas. Hoje depois de cinco títulos tem de vencer de qualquer maneira. Até um empate é ruim. Naquele tempo não. Saímos desacreditados e isso nos deu tranquilidade".

"O Pelé é mais crescido, mais adulto. Eu não estava entendendo o que tinha ganhado. Hoje quando eu vejo alguém levar um campeonato eu me emociono porque nunca tive aquela sensação na primeira vez. Só tive emoção mesmo na chegada ao Brasil. Foi maravilhosa. Chegamos com quatro aviões da força aérea. Essa foi a emoção tão grande".

Pepe

"Foi o estádio que consagrou o futebol brasileiro como melhor do mundo e iniciou tudo. É muito legal reencontrar jogadores suecos que não deram um pontapé, jogaram de maneira digna mesmo com 5 a 2 no placar".

"Quando nós demos a volta olímpica, nos reunimos no meio de campo e saudamos toda a torcida sueca levantando uma bandeira do Brasil e da Suécia. Este foi o momento mais especial".

"Eu tinha 23 anos. Foi a primeira vez que vim para a Europa. Fiquei encantado com a Suécia, ainda mais saindo com o titulo. Foi maravilhoso, Aquilo transformou nossa vida. Depois ficamos superconhecidos no mundo inteiro. Tudo começou aqui".

Campeões da Copa do Mundo de 1958 deram depoimentos sobre título na Suécia
Campeões da Copa do Mundo de 1958 deram depoimentos sobre título na Suécia
Foto: Rafael Ribeiro/CBF / Divulgação
Fonte: Terra
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