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De olho na Justiça dos EUA, CBF não define novo vice

9 jan 2017 - 15h33
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A escolha do substituto de Delfim Peixoto, vice da CBF que morreu no acidente com a equipe da Chapecoense, vai permanecer indefinida por um bom tempo. A direção da entidade não tem pressa na definição do nome por algumas razões. A principal delas está diretamente relacionada à situação do presidente Marco Polo Del Nero. Indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção, ele vai ser julgado neste ano. Se condenado, deixará o cargo.

Como o estatuto da CBF estabelece que o primeiro da linha sucessória,  em caso de vacância do presidente,  é o vice mais idoso, a cúpula da entidade pretende aguardar alguns meses antes de promover a mudança. Hoje, na hipótese de impedimento de Del Nero, quem ocuparia o cargo seria o vice Antonio Nunes. Mas ele tem saúde frágil e sofre com a resistência de dirigentes de clubes e de federações.

A CBF deve convocar assembleia para abril a fim de aprovar as contas da entidade.  Poderia aproveitar a oportunidade para fazer a eleição do novo vice. Se até lá houver uma decisão da justiça americana desfavorável a Del Nero, a CBF teria a opção de trabalhar por um nome mais idoso que Nunes, hoje com 78 anos, e que contasse com a aprovação de federações e pelo menos uma parte dos grandes clubes. A dificuldade está em encontrar alguém que se encaixasse nesse perfil.

Ao todo, a CBF tem um vice para cada região do País. O do Sul era Delfim Peixoto, então opositor declarado de Del Nero. O do Sudeste é Antonio Nunes. Quem representa o Norte é Fernando Sarney, que já recusou mais de uma vez sua indicação para presidir a CBF - acha que seria uma exposição desnecessária à sua família. Os outros dois vices, Gustavo Feijó (Nordeste) e Marcus Vicente (Centro Oeste), têm uma linha de atuação mais independente e, por isso, não estão nos planos de Del Nero.

Foto: Pedro Martins/MowaPress
Fonte: Especial para Terra
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