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Campeonato Catarinense

Mancini revela insônia e diz que Chape tem quase 10 reforços encaminhados

15 dez 2016 - 15h21
(atualizado às 15h21)
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Contratado para ser um dos pilares na reestruturação da Chapecoense, Vagner Mancini tem sofrido com noites de insônia para ajudar na montagem da equipe de 2017. Em paralelo a um curso de formação de treinadores da CBF, no Rio de Janeiro, o técnico de 50 anos tem entrado em contato com atletas para explicar o projeto do clube catarinense, que perdeu 19 jogadores no acidente aéreo do último dia 29, na Colômbia.

"A minha rotina aqui (na CBF) é das 8h às 19h. A partir das 19 horas, eu foco totalmente na Chapecoense. Nos últimos dias, eu fiquei das 8h à meia-noite fazendo contatos, tentando um atleta ou outro. Procuramos em cima disso buscar elementos que possam nos reestruturar rapidamente, mas não tem sido fácil. As noites de sono diminuíram bastante, mas sabemos que a necessidade é essa", resignou-se Mancini, em entrevista ao canal Sportv, na tarde desta quinta-feira.

"Normalmente, quando o técnico vira o ano empregado, você vai atrás de sete, oito atletas. Eu nunca tinha visto um time que necessitaria de 25 atletas no mínimo. Tem sido realmente desgastante", acrescentou.

Demitido do Vitória em setembro, Mancini revelou que alguns jogadores já acertaram com a Chapecoense para o ano que vem. Também assegurou que os atletas que já estavam no elenco e que não viajaram a Medellín seguirão no clube para ajudar no processo de reconstrução.

"Já têm perto de 10 atletas acertados. Não posso falar em nomes, porque ainda não tivemos tempo para assinar contrato com eles. É uma correria bacana, porque a gente vive disso, mas ao mesmo tempo muito traumática porque você tem que acelerar um processo normalmente feito com calma", explicou.

Questionado sobre a promessa de empréstimos de jogadores oferecidos por clubes logo após o acidente, Vagner Mancini lamentou que há algumas equipes tentando se aproveitar da situação da Chapecoense para se livrar de atletas que não seriam aproveitados em 2017.

"Muita gente, após o acidente, ofereceu ajuda até com atletas sendo pagos, mas na prática isso não tem acontecido. Algumas equipes têm, sim, dedicado muito tempo à Chapecoense e a gente exalta isso, mas algumas outras, não", contou o treinador.

"Existe uma grande diferença entre você ajudar cedendo atletas com o salário pago neste momento difícil da Chapecoense. E existe um outro ponto que é você oferecer aqueles atletas que você não quer no seu elenco. Não foi isso o que nós entendemos lá atrás. Lógico que todo mundo tem liberdade e nós não vamos alongar isso, mas eu gostaria que essa ajuda viesse do coração", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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