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Ambulantes ignoram fiscalização e enchem entorno do Castelão

24 abr 2014 - 00h55
(atualizado às 01h39)
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Entorno do Castelão contou com inúmeros ambulantes
Entorno do Castelão contou com inúmeros ambulantes
Foto: Matheus Salvany / Especial para Terra

Durante o clássico estadual que definiu o Ceará como campeão, na noite desta quarta-feira, quem andou pelo entorno da Arena Castelão pôde adquirir diversos produtos ofertados por uma grande quantidade de vendedores ambulantes e camelôs que trabalharam na região. Dentre os itens mais ofertados, estavam os churrasquinhos de carne, frango, porco e tripa, bandeiras, camisas, refrigerante, água e bebidas alcoólicas em todos os tipos de recipientes, inclusive garrafas de vidro.

Conversando com algum dos vendedores ambulantes, o medo do famoso "rapa" (fiscalização) era visível no olhos dos trabalhadores. Contudo, nada que viesse a impedir o trabalho. Entretanto, para Isabel Pereira, que afirma perder a conta dos anos de vendas no Castelão, os tempos são outros. "Antigamente a gente trabalhava à vontade, mas agora... até as bebidas estão tomando da gente. Tá uma correria só", afirmou, em tom de lamento. 

Já para Leandro Pereira da Silva, que no próximo ano completará uma década de vendas no entorno da arena, a relação com a fiscalização é um verdadeiro cabo de guerra. "Ás vezes a gente escuta o pedido deles (fiscais) e afasta um pouco, mas para a gente é muito ruim. Quanto mais longe, menos vendas. Eles vão embora e a gente volta", explicou.

Questionado sobre qual será a postura a ser adotada nos jogos da Copa do Mundo, o ambulante sorri e mostra cautela: "eu vou aparecer e ver como vai ficar".

Observando a conversa com o ambulante, o torcedor Silvio Roberto pede para dar opinião e diz que apoia os ambulantes do entorno do estádio. "Lá dentro não vende bebida alcoólica, sem contar que tudo lá é mais caro. Uma água custa R$ 3 reais, um cachorro quente só com o pão e a salsicha é R$ 6, aí fica ruim pra gente", criticou, entre goles de cerveja.   

Desde o momento que a reportagem chegou ao estádio, por volta das 20h, foram avistados apenas dois fiscais da prefeitura de Fortaleza. Durante a Copa das Confederações, o total de 250 vendedores ambulantes trabalharam nos três jogos realizados na Arena Castelão. A partir de um entendimento ente a Fifa e a prefeitura, os vendedores foram autorizados a comercializar apenas os produtos dos patrocinadores do evento, no entorno do Castelão. Além disso, a distância permitida foi de cerca de 800 m da arena.

Fonte: Especial para Terra
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