Coritiba se apega ao retrospecto contra o Operário
Jogando na capital paranaense, equipe coxa-branca não perde para o adversário há 53 anos
Além do poder do Estádio Couto Pereira, o Coritiba também tem outro fator para conseguir reverter a vantagem do Operário, que venceu a partida de ida por 2 a 0, em Ponta Grossa. Jogando em Curitiba, a equipe da capital não perde para o adversário desde 1962.
Válida pela primeira rodada, a partida fazia parte do Campeonato Sul-Brasileiro Interclubes, criado pela Federação Catarinense de Futebol (FCF). O torneio, em sua primeira edição, reunia os campeões e vices dos três Estados da Região Sul.
Vice-campeão do Campeonato Paranaense de 1961, ano em que tinha chego à final pela última vez, o Operário foi um dos participantes. O Coritiba, eliminado justamente pelo adversário da final de domingo no Estadual de 1961, entrou como convidado devido ao Cornélio Procópio, atual campeão, não poder participar. Internacional, Grêmio, Metropol (Tubarão-SC) e o Marcílio Dias foram os outros participantes da competição.
O duelo terminou com vitória do clube do interior por 1 a 0, no dia 21 de janeiro. Esse último revés do time coxa-branca para o “Fantasma” aconteceu há 53 anos. De 1962 para cá, as equipes realizaram 26 confrontos atuando na capital paranaense: 21 vitórias do Coritiba e cinco empates. Já o outro tabu que estava em jogo na história dos times centenários, de não perder desde 1990 para o Operário, foi batido no último final de semana. Ao todo, as equipes se encontraram em 72 oportunidades: 44 vitórias do time da capital, 15 empates e 13 triunfos da equipe do interior paranaense.
Couto forte
Nas nove partidas realizadas no Couto Pereira neste Estadual, o Coritiba venceu todas. Aliás, o time alviverde saiu vitorioso nos últimos 11 jogos realizados sob seus domínios. Usando apenas o torneio de 2015 como parâmetro, o retrospecto é animador.
Somente na primeira fase, no triunfo contra o Londrina, que a equipe alviverde não marcou dois gols dentro de casa e ganhou com o placar simles. Nos outros sete duelos, a equipe do técnico Marquinhos Santos marcou duas ou mais vezes ao lado de sua torcida. Ao todo são 19 gols em oito partidas no seu estádio, com apenas três sofridos.
“A torcida sempre foi o diferencial. O torcedor tem que confiar, acreditar. Tivemos outras situações adversas na competição e revertemos. E, em todos esses momentos, a torcida se fez presente e carregou o time. Mesmo nos momentos mais críticos. Venham para o Couto”, pediu o treinador do clube. “Nós sabemos que nosso time é forte no Couto Pereira”, completou Negueba.
Difícil missão
Se por um lado, esse retrospecto pode animar a nação coxa-branca, outro número histórico do Estadual é capaz de desanimar o time alviverde. Na história das finais do Campeonato Paranaense, nenhum time conseguiu reverter uma desvantagem de dois gols da primeira partida e conquistar o título.
No total, entre as mais variadas fórmulas, a competição teve 37 finais com jogos de ida e volta. Para conquistar o trigésimo oitavo título de forma direta, o Coritiba precisa vencer por três gols ou mais de diferença no domingo - algo que só aconteceu na semifinal, diante do Londrina. Dois gols levam a final para as decisões de pênaltis, enquanto empate e vitória por um gol dá o título inédito ao Operário.
