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Por Ceni, São Paulo forma goleiros batedores de falta

27 mar 2011 - 18h05
(atualizado às 19h55)
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Rogério Ceni é o primeiro goleiro da história a atingir a marca de 100 gols, mas não deve ser o último arqueiro são-paulino a balançar as redes. Sob a influência do capitão tricolor, os reservas do clube também treinam faltas e sonham com a chance de seguirem os ensinamentos do maior goleiro-artilheiro do mundo.

Rogério Ceni faz centésimo gol e aumenta vantagem:

Diante do crescente sucesso de Ceni desde que balançou as redes pela primeira vez, em 1997, os muros do Morumbi se transformaram em um reduto de aspirantes a artilheiros. Os treinos começam ainda nas categorias de base, no Centro de Formação de Atletas de Cotia, onde o presidente Juvenal Juvêncio deposita suas esperanças para o futuro do clube.

"Os treinos vêm desde a base. Em Cotia, nós começamos cedo a trabalhar isso. Depois, quem quiser pode seguir durante a carreira. Quase todos treinam lá, com 100% de influência do Rogério, sem dúvida", explica o jovem goleiro Leonardo, que faz parte do elenco profissional do São Paulo, mas ainda longe da condição de titular.

E não são só os treinos em Cotia que influenciam os são-paulinos. Mesmo os goleiros contratados de outras equipes seguem os passos de Rogério Ceni no elenco principal, no CT da Barra Funda. Apontado no Morumbi como o principal candidato a sucessor de Rogério Ceni depois da aposentadoria, Denis começou a testar a pontaria quando ainda defendia as cores da Ponte Preta.

"Eu já trabalhava isso na Ponte, mas lógico que tudo é influência dele. Eu treinava pelo que ele fazia, eu ficava acompanhando de longe. No São Paulo, passei a treinar com mais frequência, porque acabo pegando o embalo dele", comenta o atleta, que chegou ao clube em 2009 e atualmente é o reserva imediato de Ceni - Bosco está machucado.

No elenco profissional, tudo começou de forma descompromissada para os garotos, já que eles são obrigados a ficar mais tempo em campo defendendo as repetidas cobranças do camisa 01. Com isso, passaram a arriscar batidas depois da movimentação do capitão.

"Começou mais como uma brincadeira. Nós treinamos muito defendendo e, às vezes, quando termina o treino dele, nós ficamos brincando, mas levando tudo a sério", explica outro jovem goleiro são-paulino, Fabiano.

Com contrato apenas até o fim de 2012 no Morumbi e com chance de encerrar a carreira, Rogério Ceni não guarda os segredos de sua especialidade. O capitão aproveita as atividades para compartilhar sua técnica com os colegas de posição.

"Ele já comentou algumas coisas que posso me aperfeiçoar e os movimentos que tenho de mudar", salienta Denis, tendo seu discurso reforçado por Leonardo. "Vou continuar treinando para eu me aperfeiçoar, e ele dá uns toques do jeito que temos de bater na bola".

Por enquanto, os seguidores de Rogério se destacam por outros clubes, tais como Márcio (Atlético-GO), Tiago (ex-Portuguesa e Vasco, atualmente no Bahia) e o colombiano Viáfara (Vitória), que costumam marcar gols. Porém, os são-paulinos avisam que sonham em levar adiante os ensinamentos do capitão.

"Ainda não tive a chance de cobrar em jogo, nem na Ponte, porque sei que tenho de treinar muito antes. Eu penso em bater falta em uma partida, mas antes preciso corresponder defendendo as três traves, com defesas, para depois bater", conclui Denis.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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