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Rivais na Flórida, Carille e Ceni duelam por primeira final oficial

23 abr 2017 - 08h24
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Fábio Carille e Rogério Ceni poderão atingir um feito em suas curtas carreiras como treinadores, neste domingo, em Itaquera. Adversários na decisão da Copa Flórida, torneio amistoso disputado na pré-temporada, os comandantes de Corinthians e São Paulo tentarão chegar à primeira decisão de uma competição oficial, o Campeonato Paulista.

A vantagem no confronto está com Carille, que comemorou uma vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o São Paulo no último domingo, no Morumbi. Na ocasião, o novato treinador foi elogiado por ter adotado uma postura segura defensivamente, conforme prioriza, e com objetividade ofensiva.

Ceni, ao contrário, só não virou mais um alvo da revolta dos torcedores do São Paulo porque goza do prestígio adquirido nos tempos de goleiro. Pressionado por ter perdido também por 2 a 0 para o Cruzeiro, em casa, pela Copa do Brasil, o ídolo valorizou a disposição para atacar do seu time e ironizou a cautela dos dois adversários - em atitude considerada prepotente por alguns.

No início do ano, no entanto, Carille estava muito mais pressionado do que Rogério Ceni. O antigo auxiliar de Mano Menezes e Tite já havia tido a experiência de comandar o Corinthians entre a demissão de Cristóvão Borges e a contratação de Oswaldo de Oliveira em 2016, mas não era visto pelo presidente Roberto de Andrade como o técnico ideal para o clube em 2017. Acabou promovido por falta de opções.

Em meio a protestos de torcedores, ainda irritados pelos maus resultados da temporada anterior, Carille iniciou o seu trabalho na Flórida com uma goleada por 4 a 1 sobre o Vasco, avançando à decisão do torneio amistoso. Do outro lado da chave, Ceni chamava a atenção por suas inovações - trouxe consigo auxiliares estrangeiros para o São Paulo, por exemplo -, pelo discurso otimista e pela sintonia com os são-paulinos. Superou o River Plate, da Argentina, nos pênaltis após uma igualdade por 0 a 0. O goleiro Sidão, agora contestado, brilhou.

No primeiro encontro entre Fábio Carille e Rogério Ceni, a igualdade sem gols também prevaleceu. Aquela decisão na Flórida ficou prejudicada pelas expulsões do centroavante inglês naturalizado turco Kazim e do zagueiro Maicon em uma confusão logo no princípio do jogo. Nos pênaltis, com os dois times repletos de reservas, o São Paulo levou a melhor por 4 a 3.

Hoje, o Corinthians voltou a enfrentar instabilidade justamente em função de uma disputa de pênaltis. Carille viu o seu time se acomodar com a vantagem que tinha diante do Internacional, na quarta fase da Copa do Brasil, e demorou a agir. Castigado com um empate por 1 a 1, deixou de apostar em jovens como Pedrinho e Léo Jabá para recorrer a Clayton, que perdeu um gol feito, e Marquinhos Gabriel, um dos vilões corintianos da marca da cal.

Mesmo sem muita experiência como treinadores, Fábio Carille e Rogério Ceni (que recuperou confiança com o triunfo por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, apesar da eliminação no mata-mata nacional) sabem que o Majestoso deste fim de semana é crucial para a sequência de suas carreiras. Um dos dois colocará uma decisão estadual no currículo após o clássico. O outro terá de lidar com a crise.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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