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Ídolo do futebol egípcio é incluído em lista de terroristas

18 jan 2017 - 16h22
(atualizado às 16h36)
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Um tribunal penal do Cairo incluiu o ídolo do futebol egípcio Mohammed Aboutrika na lista de terroristas do país, acusado de apoiar a Irmandade Muçulmana, segundo informações fornecidas à Agência Efe nesta quarta-feira por uma fonte das forças de segurança locais.

Mohamed Aboutrika disputa jogada com Gilberto Silva na Copa das Confederações de 2009
Mohamed Aboutrika disputa jogada com Gilberto Silva na Copa das Confederações de 2009
Foto: Laurence Griffiths / Getty Images

Convocado para a seleção do país 102 vezes e bicampeão africano (2006 e 2008), o ex-jogador já foi eleito o melhor do continente nas competições de clubes em 2008 e comparado a Zinedine Zidane pelo estilo de jogo.

Segundo o jornal "Al-Ahram", o advogado de Aboutrika, Mohammed Osman, disse que apelará contra a sentença emitida pelo tribunal na última quinta-feira.

Ao ser incluído na relação, que tem 1.502 pessoas, o ex-meia fica proibido de viajar para o exterior e obrigado a estar disponível o tempo todo para prestar depoimento às autoridades quando for requerido.

O Comitê para o Inventariado e a Gestão de Fundos e Bens da Irmandade Muçulmana, que é estatal, congelou os ativos do jogador em 2015 por uma suposta participação no financiamento do grupo, declarado terrorista em 2013. No entanto, a justiça suspendeu essa decisão em junho do ano passado.

O comitê pediu à Procuradoria para acusar o ex-jogador de financiar a Irmandade Muçulmana através de uma empresa de turismo da qual é sócio junto a um dirigente do grupo islâmico, Anis al-Qadi.

Em maio passado, Aboutrika negou que pretenda sair do país para fugir da justiça. O ídolo do futebol egípcio, que se aposentou em 2013, já manifestou publicamente apoio ao clã e inclusive financiou a campanha do ex-presidente Mohammed Mursi, eleito em 2012 e deposto no ano seguinte, quando foi preso.

Além do ex-atleta, foram incluídos na lista de terroristas o famoso homem de negócios Safuan Zabet e uma empregada doméstica de Mursi.

EFE   
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