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Campeonato Inglês

O que pode mudar no futebol inglês com o "Brexit"

24 jun 2016 - 12h35
(atualizado às 12h38)
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Todos os aspectos da vida dos britânicos mudaram com a saída do Reino Unido da União Europeia, e com o futebol não seria diferente. O chefe-executivo da Premier League, Richard Scudamore, já demonstrou a procupação em manter todos os times da primeira divisão no topo, enquanto o vice-presidente do West Ham, Karren Brady, disse que o Brexit traria "consequências devastadoras" para o futebol inglês. Para analisar quais seriam essas consequências, o jornal inglês The Mirror montou uma lista do que poderia mudar no futebol com a saída no bloco econômico.

A principal dúvida é sobre os melhores jogadores da União Europeia. Uma pesquisa realizada no ano passado indicava que 332 jogadores europeus jogavam pela Premier League, pela Championship (a 2ª divisão inglesa) e a Scottish Premiership, o campeonato escocês. A Premier League, por exemplo, impôs algumas exigências para transferências de jogadores estrangeiros com o objetivo de selecionar apenas os com grande capacidade, protegendo a parcela maior de vagas para os do Reino Unido.

Norwich, um time sem tanta representatividade financeira, pode passar por dificuldades com a saída da Inglaterra da UE
Norwich, um time sem tanta representatividade financeira, pode passar por dificuldades com a saída da Inglaterra da UE
Foto: Tom Dulat / Getty Images

O governo inglês deve negociar com a União Europeia a respeito da situação dos trabalhadores de outros países dentro do Reino Unido, já que antes do Brexit todos podiam circular livremente entre os membros da união.

Além disso, jogadores de países que fazem parte da União Europeia ficam habilitados para jogar na Premier League se alcançam a atuação em 30% dos jogos de suas respectivas seleções nos dois últimos anos.  Os atletas de países fora da UE precisam ter atuado em 45% dos jogos de suas seleções no mesmo período. Isso dificultaria a contratação de atletas como Martial e Payet.

Times com menor influência financeira podem enfrentar dificuldade para trazer reforços. Clubes como Aston Villa, Newcastle e Watford teria perdido 11 jogadors de seus times nessas novas confições. Segundo um relatório da BBC, apenas 23 dos 180 jogadores "europeus não britânicos" receberiam autorização para trabalhar. Nenhum do campeonato escocês conseguiria trabalhar.

Atrair jogadores novos para a Inglaterra também seria mais complicado, já que pelo regulamento da Fifa, a transferência de atletas entre 16 e 18 é permitida apenas entre países da União Europeia. Porém, a contratação de técnicos como Guardiola e Mourinho não sofreria tantas mudanças.

A situação também fica delicada para os torcedores, que precisarão de vistos para acompanhar seus times em partidas da Champions League e Liga Europa.

Premier League garante que Campeonato Inglês não será enfraquecido

A Premier League, que organiza o Campeonato Inglês da primeira divisão, divulgou comunicado diretor-executivo, Richard Scudamore, nesta sexta-feira garantindo que a competição não será enfraquecida, a partir do resultado do referendo que decidiu pela partir da saída do Reino Unido da União Europeia.

"O Campeonato Inglês é uma competição esportiva enormemente bem-sucedida, que tem uma forte inserção doméstica e global. Isso continuará assim, independente do resultado da consulta", aponta o texto.

A nota, no entanto, também diz que a liga está comprometida em trabalhar junto com o governo britânico em qualquer processo que seja iniciado, por sua vez, embora ainda existam dúvidas sobre o futuro, a partir do resultado do referendo, que foi conhecido na madrugada de hoje.

(com Efe)

Fonte: Terra
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