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Liga dos Campeões

Goleiro do Borussia sofre de insônia após ataque terrorista e critica Uefa

17 abr 2017 - 12h18
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O goleiro do Borussia Dortmund, Roman Burki, revelou que ainda tem sofrido com insônia em decorrência do ataque terrorista sofrido pelo ônibus do clube no trajeto para o confronto das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Monaco, na última terça-feira.

"Eu ainda tenho problemas pra dormir. A pior coisa é que eu não consigo ter uma noite inteira de sono. Quando acordo, fico feliz que estou na minha casa. E fico feliz que tenho minha família perto de mim", declarou o jogador, em entrevista ao jornal suíço Der Bund.

Leia mais: Investigador afirma que explosão em ônibus do Borussia poderia ser pior

O goleiro também reclamou da maneira como a equipe do Borussia Dortmund foi tratada pela cúpula da Uefa após o atentado. "Antes do jogo, nós choramos. Porém, tínhamos que ir, com milhões de pessoas assistindo, e entregar algo. Se pudéssemos escolher, não teríamos jogado. Nós sentimos que é tudo sobre dinheiro em vez de humanidade. Quando ouvimos da Uefa que o jogo teria sido cancelado se alguém tivesse morrido… É o maior desaforo de todos", opinou o atleta.

O suíço contou ainda como foi jogar a partida decisiva menos de 24 horas depois do ocorrido. "Foi lamentável ter que jogar 24h depois do ataque. Eu não consegui focar. Só percebia as coisas acontecendo tarde demais. Era como se tivesse um véu cobrindo os meus olhos. Depois do jogo as emoções apareceram. Todos jogadores derramaram lágrimas", comentou Burki.

Os alemães acabaram derrotados no duelo de ida contra o Monaco, realizado na última quarta-feira, no estádio Signal Iduna Park, pelo placar de 3 a 2. Para avançar, o Borussia precisa vencer a partida desta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), no estádio Louis II, por um placar de dois gols de diferença para se classificar à próxima fase.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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