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Liga dos Campeões

O efeito Casemiro no Real Madrid que busca sua 11ª Liga dos Campeões

26 mai 2016 - 14h09
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A incorporação de Casemiro no time titular do Real Madrid conseguiu estabilizar a equipe de Zinedine Zidane, resguardada pelo meio-campo brasileiro para tentar conquistar, em Milão, sua 11ª Liga dos Campeões.

Casemiro foi um pedido de Rafael Benítez, técnico que iniciou a temporada do Real Madrid. O brasileiro tinha chegado ao Santiago Bernabéu dois anos antes. Embora seu destino inicial tenha sido o Real Madrid Castilla. Ele passou rapidamente pela equipe e depois foi cedido ao Porto.

O meio-campo se destacou em Portugal. Por seu físico solvente e sua potência. Disciplinado taticamente, oferecia um grande desenvolvimento físico auxiliado pelo talento natural que acompanha os jogadores brasileiros.

Benítez não duvidou e quis o meio-campo em seu plantel. O volante, porém, nunca gozou da confiança absoluta. Apesar de mostrar eficiência nos desarmes durante alguns jogos que participou. O elenco cheio de jogadores renomados limitava o espaço para atletas de perfil aparentemente mais baixo, relegados à condição de reservas.

Rafa Benítez deu a entender a necessidade de um jogador como o brasileiro. Uma figura chave sempre nas equipes do espanhol. Um tipo de jogador que apresenta a ideia de jogo preferida pelo treinador.

Casemiro estava esquecido no momento em que Zidane assumia o comando de um barco sem rumo. O francês manifestava seu gosto pelo requinte no gramado, pelo toque, por monopolizar a bola. No entanto, em diversas entrevistas, o treinador reivindicou o esforço sem bola. Trabalho.

Chegou Zizou e apostou em James Rodríguez e Isco para acompanhar Toni Kroos e Luka Modric. Manteve o esquema, porém, tendo dificuldades nas partidas com equipes menores. Até que houve a derrota de 1 a 0 para o arquirrival Atlético de Madrid, em pleno Estádio Santiago Bernabéu.

Os problemas do Real Madrid, eliminado na Copa do Rei, longe do título espanhol e com um panorama incerto na Liga dos Campeões, levaram Zidane a considerar outras opções. Ao assumir que necessitava ter uma equipe mais equilibrada, recuperou Casemiro.

Num clube que nos últimos anos contou com uma variedade e excessiva gama de jogadores de contenção no meio-campo, como o ganês Michael Essien, o francês Lass Diarra, os espanhóis Xabi Alonso, Asier Illarramendi, o alemão Sami Khedira, concluindo com o prata da casa José Rodríguez ou a contestada contratação do brasileiro Lucas Silva, nos três últimos anos, o perfil do 'carregador de piano' havia praticamente desaparecido num clube que pouco liga para gastar com reforços. Os defensores Pepe ou Sergio Ramos chegaram a exercer nessa posição. Nunca com sucesso.

Com a exceção dos defensores, nenhum destes continuam no Bernabéu e Casemiro se tornou quase imprescindível. Seu rendimento e a estabilidade conseguida com sua chegada ao time titular terminou com qualquer discussão. Não há espaço, salvo por lesão, para jogadores renomados como James ou Isco. E o brasileiro é tratado com carinho uma vez reconhecida sua relevância.

Casemiro fechará a temporada no próximo sábado, atuando em 34 partidas. Foram 22 pelo Campeonato Espanhol, uma na Copa do Rei, e 11, incluído a decisão da Liga dos Campeões. São números consideráveis que começam a ser relevantes em um jogador que se tornou fundamental. Que garante trabalho, esforço, equilíbrio e luta. Como a que lhe aguarda em Milão.

EFE   
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