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Leilão do Canindé por R$ 74 mi não teve nenhum interessado

18 nov 2016 - 15h04
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A Portuguesa ganhou um tempo extra para tentar manter o estádio do Canindé em sua posse. No leilão marcado para esta sexta-feira não apareceram interessados. O lance mínimo era de R$ 74,1 milhões, 60% do valor da avaliação, que atingiu R$ 123,5 milhões.

A tentativa de venda foi marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região após serem esgotados os recursos trabalhistas, que impediam a venda do terreno.

O Canindé foi colocado em leilão para sanar dívidas trabalhistas acumuladas pela Portuguesa
O Canindé foi colocado em leilão para sanar dívidas trabalhistas acumuladas pela Portuguesa
Foto: Vagner Magalhães / Especial para Terra

A área que foi ofertada no leilão tem cerca de 42 mil m² e é apenas uma parte do terreno em que o estádio foi construído. Uma outra área, de aproximadamente 55 mil m² pertence à Prefeitura de São Paulo e está em uso por parte da Portuguesa em regime de comodato. Também há planos para que essa outra parte do terreno seja vendida.

O leilão desta sexta-feira é apenas um dos capítulos da crise que a Portuguesa atravessa e que se intensificou a partir de 2002, quando o time foi rebaixado pela primeira vez para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Na sequência da queda, o clube perdeu o seu principal jogador, Ricardo Oliveira, que foi para o Santos de graça, depois que o clube deixou de depositar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço na conta do atleta por mais de três meses consecutivos.

Oliveira, que está novamente no Santos, é um dos credores do clube. Somente na Justiça do Trabalho são 248 processos do tipo, que incluem ex-jogadores e ex-funcionários.

De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, somente o ex-jogador Tiago de Moraes Barcellos e outros seis credores tem R$ 47 milhões a receber.

Quebra de acordo

A Portuguesa chegou a fazer um acordo em 2008 para o pagamento dessas dívidas, mas ele deixou de ser cumprido a partir de 2014, em decorrência do agravamento da crise provocada pelo rebaixamento para a Série B em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Em 2013 a Portuguesa terminou o campeonato na 12ª posição, com 48 pontos. Porém, foi condenada à perda de quatro pontos por ter utilizado de forma irregular o atacante Héverton na última partida do torneio, um empate de 0 a 0 contra o Grêmio, no Canindé.

Em 2014, com apenas três vitórias em 38 partidas, foi novamente rebaixada, desta vez para a Série C. Em 2015 chegou a disputar o retorno para a Série B, mas foi derrotada em duas partidas para pelo Vila Nova-GO.

A crise se agravou ainda mais com um novo rebaixamento neste ano. Em 2017 o time vai disputar a Série D do torneio nacional. No Paulista, o time vai disputar a Série A-2.

Fonte: Especial para Terra
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