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Torcida organizada diz que não rompeu com São Paulo

11 jul 2016 - 09h03
(atualizado às 15h44)
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Depois do São Paulo ter anunciado o rompimento de qualquer laço do clube com as torcidas organizadas, o presidente da Independente, Henrique Gomes, contradisse as declarações da diretoria Tricolor, afirmando que não rompeu com a equipe. O mandatário ainda ressaltou que os associados da organizada também são sócios do clube.

Torcida Independente garante que não participou da confusão com a polícia no fim da partida contra o Atlético Nacional, pela Libertadores
Torcida Independente garante que não participou da confusão com a polícia no fim da partida contra o Atlético Nacional, pela Libertadores
Foto: Fernando Antunes/São Paulo FC

"Não rompeu nada (o São Paulo com a torcida organizada). No nosso quadro de associados, 90% são sócios-torcedores e compram o ingresso deles. Essa situação que vem ocorrendo, o culpado é o Paulo Castilho porque tirando o material da torcida, tirando a festa, ele permite que mal torcedores se infiltrem no meio da multidão. Foi colocado que roubo e assédio foi culpa da organizada. Se perguntar pra mim se eu tenho responsabilidade direi que não", disse o presidente da Independente, em entrevista ao canal ESPN.

O São Paulo disse ter rompido com as torcidas organizadas ligadas ao clube após a partida contra o Atlético Nacional, válida pela semifinal da Copa Libertadores, na última quarta-feira, perdida pelo Tricolor por 2 a 0. Na saída do jogo, membros da torcida organizada tentaram roubar torcedores comuns e vendedores ambulantes que encontravam-se nas ruas dos arredores do estádio do Morumbi. A Polícia Militar interviu e houve confronto, com bombas de efeito moral sendo lançadas. Nove pessoas foram detidas e 12 policias ficaram feridos. Henrique Gomes, porém, disse não ter conhecimento do ocorrido.

"Desconheço o que acontecia do lado de fora (durante o jogo contra o Atlético Nacional-COL). A Independente estava na arquibancada e, com o time tomando de 2 a 0, cantou até o final, puxou o hino e aplaudiu os jogadores. No momento em que saíamos do estádio nos deparamos com as bombas e o portão foi fechado", disse Gomes.

O presidente ainda comparou o jogo entre São Paulo e Atlético Nacional com outros eventos esportivos. "Não cabe a nós, em um jogo com 61 mil torcedores no Morumbi, ter cinco, seis mil torcedores do lado de fora sem ingresso. Isso aí cabe ao policiamento ter um trabalho ostensivo e não deixar chegar próximo. Querer jogar os roubos que teve para a organizada é brincadeira. Pega qualquer evento como a Virada Cultural, por exemplo, sempre tem quadrilhas especializadas em eventos de grandes multidões", acrescentou.

Neste domingo, o São Paulo venceu o América-MG por 3 a 0, atuando no Morumbi, com um público de 8.198 pessoas. O contraste entre a média de público do Tricolor na Libertadores e em outras competições incomoda Henrique Gomes, que afirmou que a Independente não depende do São Paulo para sobreviver, e reclamou dos torcedores "modinhas".

"Não dependemos do São Paulo para nada. A Independente depende de si própria. Somos uma torcida de 44 anos e viajamos o país inteiro. Que fique bem claro, o nosso associado é sócio torcedor do São Paulo. Não tem diferença do torcedor comum, de cativa ou da arquibancada, somos todos São Paulo. A nossa cobrança, e que nos revolta um pouco, é isso de amar a Libertadores mais do que o São Paulo. O São Paulo é São Paulo no Campeonato Brasileiro, no Paulista, na Copa do Brasil e não só na Libertadores", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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