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Lugano alfineta Corinthians e não vê Ceni um "encantador de serpentes"

6 mar 2017 - 19h01
(atualizado às 19h01)
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Sustentado por todo seu peso no futebol e principalmente dentro do São Paulo, Diego Lugano mais uma vez mostrou sua personalidade forte durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira no CT da Barra Funda. Primeiro o uruguaio comentou o fato do Corinthians se opor ao desejo do Tricolor em alterar a data do Majestoso pelo Campeonato Paulista. O clássico está marcado para o dia 26 de março, data em que Rogério Ceni não poderá contar com Cueva, Pratto e Buffarini por causa das convocações de suas respectivas seleções.

"A gente nunca vai esperar um gesto de fair play no futebol brasileiro, principalmente de um dos rivais. Acho que é normal, porque nós da América do Sul não temos maturidade suficiente para algumas atitudes de fair play e grandeza. Vejo isso como normal e isso demostra o respeito com o São Paulo, sabendo que o rival quer aproveitar essa circunstância para jogar contra nós. Obviamente vão faltar três grandes jogadores, mas isso nos deixa muito tranquilo, porque o São Paulo tem muito respeito", discursou o defensor de 36 anos, antes de jogar a responsabilidade do caso para a Federação Paulista de Futebol.

"Não é medo, mas respeito. Se o São Paulo tem três jogadores de seleção, é porque o elenco é importante, forte. Assimilo com naturalidade. Gostaria que houvesse mais fair play. Mas isso não pode sair do rival, porque sua torcida vai criticar muito a diretoria. Tinha de partir da Federação", avaliou o experiente jogador.

E boa parte dessa confiança de Lugano no atual time do São Paulo vem da figura de Rogério Ceni. O zagueiro, que em novembro do ano passado, à Espn, citou Tite como um "encantador de serpentes" por conseguir manter a imprensa mais tranquila em relação às críticas ao seu trabalho, vê Ceni com uma postura oposta.

"É totalmente o contrário do que falei. Pela personalidade, ele criou tanta empatia quanta adversidade no futebol. Ele sabe que tem muita gente torcendo para dar errado, porque ele é muito frontal, muito são-paulino, muito inteligente para debater qualquer tema que alguém for levar a ele. E é duro. Mas é sempre melhor conhecer um cara assim. Ele com certeza vai ter uma carreira de muito êxito. Parece que ele nasceu para ser treinador e não goleiro", explicou Lugano, dando inclusive exemplos da consequências de ter um ídolo do tamanho de Rogério Ceni como líder do grupo.

"Hoje temos muita informação. Não se prepara quem não quer. Mas a personalidade é dele. Isso não se compra, ou você tem ou não tem. Ele assimila toda a pressão. Da imprensa, torcida, da diretoria, esse é um ano político no clube. A figura dele faz muito bem ao clube. E só ele pode cumprir esse papel. Não tem nenhuma outra pessoa", concluiu o defensor uruguaio.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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