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Mundial de Clubes

Sem abrigo, surfista corintiano troca ingresso por máquina fotográfica

16 dez 2012 - 05h45
(atualizado às 07h41)
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A invasão corintiana ao Japão para acompanhar o Mundial de Clubes da Fifa é, sem dúvidas, o principal assunto no país nipônico neste mês de dezembro. São histórias de torcedores que largaram o emprego, abandonaram a família, pediram empréstimos em dinheiro e vieram de todas as partes do planeta para acompanhar o clube do coração. Há até surfista que veio do Havaí sem ter onde dormir, comprou ingressos por engano e fez "escambo" por máquina fotográfica na porta do estádio.

Gustavo Garcia não queria ir sozinho para acompanhar o Mundial de Clubes
Gustavo Garcia não queria ir sozinho para acompanhar o Mundial de Clubes
Foto: Diego Garcia / Terra

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É o caso de Gustavo Garcia, 32, brasileiro que mora nos Estados Unidos há quatro anos. Apaixonado por surfe, o corintiano já rodou e morou nos mais diversos países apenas para praticar o esporte, como Austrália, Nova Zelândia, Tailândia, África do Sul, França, entre outros. Mais recentemente, foi obrigado a se mudar para longe do mar: para Albany, com a noiva americana Lauren, e foi de lá que teve a ideia de ir ao Japão torcer pelo Corinthians.

"Estou noivo de uma americana que entrou em medicina, então mudamos do Hawaii pra Nova York e como ainda não estou trabalhando o momento era ideal, pois não tinha que dar satisfação para ninguém. Nem para ela, pois se não fosse pela faculdade dela nem pra Nova York eu iria", disse o brasileiro, que no Havaí dava aulas de surf e trabalhava em uma loja de equipamentos do esporte aquático.

Mas, ao esperar algumas horas para adquirir ingressos para o Mundial pela internet, Gustavo acabou comprando alguns a mais, à espera de que algum amigo aderisse à causa. Não foi o caso. "Comprei o máximo que deu, quatro da final e quatro da semi achando que muitos amigos iriam, como um grande amigo americano que me consegue passagens mais baratas por trabalhar numa companhia aerea", explicou.

"Como eu estava sozinho, comprei pra garantir que eu não estaria sozinho caso algum amigo resolvesse ir. No fim, acabei vindo sem ninguém, pois meu amigo americano não conseguiu tirar férias e meus amigos brasileiros não tinham dinheiro", continuou, sem se esquecer do problema seguinte: o lugar para dormir. A algumas horas da viagem, Gustavo ainda não tinha hotéis para passar as noites, e foi para Tóquio sem abrigo após o dia 12.

"Aí consegui lugar para dormir tendo procurado de amigos e na internet, 'pingado' de albergue em albergue, cidade em cidade, conhecendo muita gente e lugares diferentes. E reencontrando vários corintianos que conheci aqui em outros lugares. Tá todo mundo usando preto e branco e com peças com alusões ao Corinthians, então é fácil identificar", definiu o torcedor, que também contou como resolveu o problema das entradas a mais.

"Vendi os ingressos extras na porta pelo mesmo preço da Fifa, pois não sou cambista. Inclusive um deles troquei por uma câmera fotográfica com um corintiano que não tinha ingresso nem dinheiro para comprar. Sentou do meu lado, dividimos um misto frio e um uísque com coca-cola", contou o corintiano, que agora poderá registrar em fotos o Corinthians na decisão do Mundial contra o Chelsea neste domingo, em Yokohama.

Fonte: Terra
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